O vereador Jorge Pinheiro (PSDB) foi o propositor do evento. Foto: Reprodução/ Mateus Dantas

Com o objetivo de debater políticas públicas de prevenção e combate ao uso de drogas na Capital, a Câmara Municipal de Fortaleza realizou na última quinta-feira (22), no Auditório Ademar Arruda, audiência pública que colocou em pauta a atuação das comunidades terapêuticas e o papel do Executivo na execução de projetos voltados para a temática.

O momento foi proposto pelo vereador Jorge Pinheiro (PSDB), autor das leis que criaram a Semana Municipal de Combate às Drogas e do mês de conscientização sobre o tema, Junho Branco, tendo como marco o dia 26 de junho em alusão ao Dia Internacional de Combate às Drogas.

”Realizamos essa audiência em benefício da campanha Junho Branco que trata sobre a questão da prevenção e combate do uso e abuso de álcool e outras drogas. Nós temos como uma das ações deste mês, a realização desta audiência pública. A gente se reuniu com diversas autoridades, principalmente das que tratam da questão específica, na Coordenadoria de Políticas sobre Drogas, Secretaria de Saúde e Secretaria de Direitos Humanos, para que possamos trazer à Câmara de Fortaleza um debate mais aprofundado sobre o assunto”, ressaltou o vereador.

O parlamentar destacou a retomada do julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal. ”A gente está em um período de forte lobby pela legalização do uso das drogas. Precisamos discutir neste momento sobre o que está sendo debatido, pois em países que liberaram as drogas houve aumento de consumo, criminalidade, divórcio, acidentes, pessoas que recorreram a hospitais e pessoas em situação de rua”, elencou o parlamentar.

O coordenador de Políticas sobre Drogas de Fortaleza, Erasmo Lenz, reforça que a coordenadoria é ligada ao gabinete do prefeito e que trabalha com uma articulação intersetorial. Essa problemática da drogadição, segundo ele, é transversal apesar de ser reconhecida pela ONU como um problema de saúde pública. “Apesar de ser problema de saúde, ela sozinha não resolve precisando também da assistência social, do desenvolvimento econômico, de ressignificação da vida dessas pessoas que precisam de cuidado”, apontou o coordenador.

João Batista Lins, gerente da Célula de Atenção à Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, relata que apesar de tantas drogas serem destacadas, o álcool ainda é a principal droga consumida no nosso país. “O consumo e abuso do álcool e de outras substâncias é algo comum na sociedade. Os números mostram que cerca de 10% da população, um número bem significativo da nossa população, acaba se envolvendo com múltiplas substâncias e no envolvimento desse uso costuma ocorrer o fenômeno da dependência química”, contou.

O gestor ressalta ainda que a Rede Psicossocial é composta por 15 Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e 7 deles são voltados a modalidade AD (Álcool e drogas). No Caps AD, segundo informou, o paciente pode procurar um dos serviços pois o atendimento é de porta aberta para iniciar seu plano de tratamento que envolve redução de danos ou ausência da substância da qual a pessoa sofre de dependência.

Composição da mesa

Vereador Jorge Pinheiro (PSDB); Eramos Lenz César, secretário de Políticas sobre Drogas de Fortaleza; Marco Túlio Alves Siqueira, Conselheiro Estadual de Políticas sobre Drogas do Ceará; Claudeir Ferreira Zanholo, presidente da Associação Cearense de Comunidades Terapêuticas (ACECT); Micheline Vieira Said Bravo, Assessoria Especial de Políticas sobre Drogas da Prefeitura Municipal do Eusébio; Dr. João Batista Alves Lins, gerente da Célula de Atenção à Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde; Valber Bezerra Pinheiro, coordenador do abrigo de mulheres e família, da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social.

Fonte: Câmara Municipal de Fortaleza