O governador Elmano de Freitas abraça o prefeito Ivo Gomes, durante lançamento do programa “Ceará sem Fome”. Foto: Reprodução/Instagram

Um caso inusitado, mas que evidencia um distanciamento entre o prefeito de Fortaleza Sarto (PDT) e o governador Elmano de Freitas (PT) foi percebido por algumas lideranças políticas durante o lançamento do programa “Ceará sem Fome”. Ivo Gomes, prefeito de Sobral compareceu e fez questão de estar ao lado do chefe do Executivo Estadual, enquanto que o gestor da Capital cearense faltou.

Sarto é o prefeito de Fortaleza, a maior cidade governada pelo PDT no Ceará e no Brasil. Já Sobral, município administrado por Ivo Gomes é a segunda maior do Estado. Enquanto um demonstra alinhamento com o Governo do Estado, o outro reforça o distanciamento que há entre grupos internos da sigla pedetista.

Não tem sido difícil, por exemplo, perceber em atos públicos em que grupos distintos do PDT são convidados a estarem ao lado de Elmano de Freitas. Enquanto que Cid Gomes, Ivo Gomes e a maioria dos quadros da Assembleia Legislativa aparecem ao lado do chefe do Poder Executivo Estadual, Ciro Gomes, Roberto Cláudio e André Figueiredo são vistos em outro lado, distantes do petista, ou até evitam comparecer.

Essa situação, pelo que tem sido demonstrado de ambos os lados, deve perdurar até pelo menos outubro de 2024, ao término do pleito eleitoral do próximo ano. Não há, de ambos os lados, intenção de baixar a guarda e retomar a aliança que foi desfeita em 2022, durante o período pré-eleitoral, quando Roberto Cláudio foi escolhido candidato pelo PDT e Elmano de Freitas apresentado como o nome do PT.

O termômetro dessa situação é o comportamento de alguns parlamentares pedetistas na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Fortaleza. Enquanto que no Legislativo Estadual existem 10 deputados do PDT alinhados com o Governo do Estado, três deles se encontram na oposição. Já entre os vereadores, a maioria faz parte da base governista de Sarto, tendo Enfermeira Ana Paula e Júlio Brizzi se posicionando como “independentes”, com críticas constantes à gestão.