Missias Dias é um dos deputados eleitos no ano passado com o apoio do MST. Foto: Reprodução/Instagram

Representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) na Assembleia Legislativa, o deputado Missias Dias afirmou que a “CPI do MST”, na Câmara Federal, é uma retaliação contra as ações do Governo Lula e não tem qualquer justificativa para sua instalação. O parlamentar disse, ainda, que o grupo investigado não é o problema do País, mas a solução e repudiou o que chamou de “sacanagem” do agronegócio com  a população mais pobre do Brasil.

O parlamentar informou também que a regularização fundiária e a desapropriação de terras são feitos cruciais para diminuir a desigualdade e a fome dos brasileiros. “Eu acho essa CPI uma retaliação aos feitos do Governo Lula, nada justifica. O MST já sofreu umas três CPIs nos últimos anos, inclusive, nos governos lula e Dilma”, disse.

Ele lembrou, por exemplo, a CPI das ONGs, em que se investigou o uso de recursos de cooperativas para desvio de dinheiro, a CPI da Terra e a CPMI do MST, onde sigilos bancário e telefônico foram quebrados e qualquer irregularidade não foi encontrada. “O MST mostrou que é um movimento sério, justo e que milhões de hectares de terras foram democratizados e milhões de alimentos distribuídos por causa dele, dando dignidade e conhecimento à nossa população“, defendeu.

“O MST não é o problema do Brasil é a solução para o povo brasileiro. Quero repudiar essa sacanagem que o Congresso e o agronegócio vêm fazendo com o povo mais pobre, em especial com o povo do MST” – (Missias Dias)

De acordo com ele, o movimento discute com seus associados a agroecologia e uma alimentação saudável, que são temas necessários, segundo disse, com a volta da democracia ao País. “A turma bolsonarista quer acoar o presidente Lula. Quer esconder o que os ruralistas fazem, que é desmatar, tomar terras indígenas, matar a população pobre. Eles não podem mais passar a boiada e agora querem criminalizar o MST”, apontou.