A primeira celebração pelo Dia das Mães aconteceu aqui em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Essa primeira vez foi promovida pela Associação Cristãos Moços do Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução/ André Lima

A Câmara Municipal de Fortaleza realizou, nesta quinta-feira (11/05), Sessão Solene no Teatro São José em homenagem ao Dia das Mães, atendendo o requerimento 933/2023, de autoria do vereador Michel Lins (Cidadania), que foi aprovado por unanimidade pelo plenário da Casa Legislativa.

O Dia das mães é uma das datas comemorativas mais importantes no Brasil. Como o próprio nome sugere, trata-se de uma data que homenageia as mães e que foi estabelecida no Brasil, de maneira oficial, por um decreto emitido pelo presidente Getúlio Vargas. Sua origem moderna remonta aos Estados Unidos, no começo do século XX.

A sessão foi presidida pelo vereador Michel Lins, em nome do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Gardel Rolim (PDT). A Mesa solene contou com as presenças de deputada estadual Luana Ribeiro; Clara Lins, esposa do vereador Michel Lins; Cristina Machado, gerente do Teatro São José; Marluce Lins, mãe do vereador Michel Lins; Maria Bernadete Rodrigues, representando a causa dos raros; Irismar Jardim de Paula, mãe decana, com 94 anos de idade; Raimunda Sandra Mendes, representando as líderes comunitárias.

Em seguida, houve a apresentação de sopro e voz dos alunos do CEPEVIVE, com regência do professor Germano Guimarães Oliveira. A palavra foi concedida à deputada Luana Ribeiro, que fez agradecimentos às pessoas que a auxiliaram na campanha eleitoral. Disse ser um momento de felicidade em estar ao lado de tantas mães. ”Cada mãe tem sua luta, sua batalha. É uma honra estar sendo homenageada nesta data. Mães são líderes e têm histórias de superação, são fortes, resilientes. Celebro diariamente ser mãe de autista. Meu filho é minha força do dia a dia. Somos guerreiras e sonho com uma sociedade mais consciente e afetuosa”, disse.

Em sua saudação às homenageadas e aos presentes, o vereador Michel Lins recitou um poema do poeta Bráulio Bessa. ”Cada mãe aqui que tem sua história sua luta. Vivemos numa sociedade ainda machista, que massacra a mulher, a ponto de precisarmos fazer uma lei para pagar pensão, numa sociedade onde a mulher é massacrada para ser perfeita, que tem jornada dupla, que tem que cuidar do filho que as vezes nem reconhece. A não ser quando adulto. Essa homenagem está sendo feita em um lugar especial, em um dia especial. Minha mãe sempre me disse que o que poderia me dar era a educação. E por seu trabalho hoje posso mudar a vida de milhares de pessoas. Em nome de todos os filhos, digo a todas vocês muito obrigado, e repito o poema de Bráulio, ‘se tivesse mil vidas nesse mundo não seria suficiente pra de amar!”.

Homenageadas

Após a fala do vereador, houve a apresentação do Grupo de dança do Instituto Viva Bairros e na sequência foram feitas as homenagens da noite para as seguintes mulheres: Marluce Maria Lins Cavalcante; Ana Clara Bezerra Lins, Luana Régia Lima Ribeiro; Francisca Elisangela Vieira da Silva Ribeiro; Maria de Fátima Castelo Branco;  Laura Maria Leite Leal de Araújo; Francisca Patrícia da Silva Nobre Sousa; Aurenice Barroso Camilo da Silva;  Maria Lucineide Magalhães; Karina Santos de Almeida; Fátima Maria da Silva de Almeida;  Cristiane Silva de Carvalho;  Rosa Marino da Silva;  Karine de Oliveira Amaro; Rejane Vasconcelos Benevides; Ana Suely Gomes Leal; Raimunda Sandra Pereira de Sousa Mendes.

Nayla Duarte Lima; Joana Amélia Sales Mota; Maria Olívia da Silva Ferreira Barbosa; Liduína Letícia Oliveira Ramalho; Maria do Socorro Magalhães Tavares; Elisangela de Paulo Santos; Janaina Gomes Bezerra; Deisiana de Araújo Ribeiro; Ana Maria Bezerra de Almeida; Giordanna Silva Braga Mano;  Ana Célia Moreira Ferreira Gomes;  Francisca Regina de Almeida Sales; Maria Fernandes Feitosa; Ana Paula Bezerra Viana e Maria Luzanira Lins Lemos.

Em nome das homenageadas falou Maria Bernadete Rodrigues, que tem dois filhos com deficiência: ”Estou muito feliz e me sentindo honrada, sou mais conhecida por Beta e tenho o dois filhos, o Symon, com 25 anos, que tem distrofia muscular e o Davi que tem autismo no grau 3. Já passei por muitas batalhas com os dois e vivo descabelada, mas estou aqui bem arrumadinha para vocês. A força da mãe é Deus que dá, o amor de mãe só comparo ao Dele. Quando encontro com mães de autistas que dizem que seus filhos são normais me sinto representada, pois nossos filhos são capazes”.

Ela pediu que as mães atípicas e não atípicas se respeitem e entendam uma outra. ”Com meus filhos, a primeira inclusão foi lá em casa comigo mesma. Sair com o Davi, por exemplo, era um terror, pois eu sofria o julgamento das pessoas. Até que decidi não dar mais satisfação às outras pessoas e comecei a sair com ele de casa e enfrentar os olhares de julgamentos, até que as pessoas entendessem a necessidade das pessoas com autismo. O mesmo aconteceu com o meu filho mais velho, o Symon que tem distrofia muscular e a escola rejeitou, mas eu não! Quero parabenizar todas as mães aqui presentes”, concluiu. No final, houve a apresentação do humorista Luís Antônio Costa dos Santos e sua Aurineide Cumurupim.

Os historiadores falam que a primeira celebração do tipo aconteceu aqui em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Essa primeira vez foi promovida pela Associação Cristãos Moços do Rio Grande do Sul. O Dia das Mães foi oficializado no Brasil na década de 1930, quando o presidente Getúlio Vargas emitiu o Decreto nº 21.366, em 5 de maio de 1932. Por meio desse documento, determinou-se o segundo domingo de maio como momento para comemorar os ”sentimentos e virtudes” do amor materno.

Fonte: Câmara Municipal de Fortaleza