Lewandowski anunciou sua antecipação da aposentadoria e pegou colegas e ministros de surpresa em sessão do STF no dia 30 de março.  Foto: Reprodução/ YouTube

Os setores público e privado devem interagir na construção de políticas públicas, em benefício da população brasileira.

Essa ideia é defendida por Ricardo Lewandowski, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF).

E, com esse objetivo em mente, Lewandowski vai presidir o comitê gestor do Observatório USP das Instituições, centro de pesquisas da Universidade de São Paulo voltado ao estudo das instituições brasileiras, contando para isso com especialistas na análise do desempenho, da organização e do funcionamento dessas instituições, da família ao Estado.

Entre os temas que serão estudados estão a dinâmica dos Três Poderes, o federalismo brasileiro e o papel das políticas públicas.

De acordo com Lewandowski, inicialmente o grupo vai se debruçar sobre pesquisas já iniciadas sobre a participação das mulheres na política. A intenção é diagnosticar causas e eventuais perspectivas para ampliar a atuação delas.

O grupo também quer sugerir medidas para que as mulheres tenham mais acesso aos cargos diretivos nos partidos. Em um segundo momento, o Observatório deve debater sugestões de melhorias para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o ministro, o órgão, ligado à Reitoria da Universidade, terá a missão de pensar as instituições brasileiras não de forma retrospectiva, mas prospectiva, visando a atuação no futuro. A entidade espera dialogar com a sociedade civil e passar a receber demandas das entidades privadas que pautem novas pesquisas.

 

Na avaliação de Lewandowski, a bipartição entre Estado e sociedade é uma característica que distingue negativamente o Brasil de outros países, especialmente os mais avançados “economicamente, socialmente e culturalmente”.

Fonte: ConJur