Sargento Reginauro afirmou que o Estado do Ceará tem falhado no enfrentamento às facções criminosas. Foto: ALCE

O deputado Sargento Reginauro (UB) fez um balanço da visita do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao Ceará, nesta semana, e lamentou que entre as prioridades do Governo do Estado não esteja o combate ao narcotráfico e facções criminosas. Ele ainda criticou o que chamou de “cheque em branco” dado pela pasta ao governador Elmano de Freitas para que ele faça o que quiser na área.

Ainda de acordo com ele, quando houve redução no número da criminalidade no Ceará, o então governador Camilo Santana chegou a falar que a situação estava controlada. no entanto, quando os crimes voltaram a aumentar, a gestão culpabilizou o Governo Federal de Jair Bolsonaro.

“Quando a situação se inverteu e os números começaram a piorar, ele culpou o Governo Federal de Bolsonaro. Ele se esqueceu que o Governo dele foi uma continuidade do governo de Cid Gomes, que iniciou quando o PT estava no Governo Federal”, apontou.

O parlamentar questionou a atitude de Flávio Dino, que libera verbas para segurança pública no Ceará, mas não impõe como prioridade o combate ao narcotráfico e ao crime organizado. Ele ainda fez insinuações sobre a ida do ministro a uma comunidade do Rio de Janeiro, sem segurança especial.

Dentre as prioridades do Governo estão a proteção de vítimas de violência, promoção dos direitos humanos, intensificação da cultura de paz, apoio ao desarmamento e  combate ao preconceito por gênero e etnia.

Pelo amor de Deus, o combate ao narcotráfico não é prioridade, num estado dominado por facções? Para meta de segurança não é prioridade? Milhares de pessoas perderam suas casas. Existe um Estado paralelo dentro do Ceará. E nós temos o ministro da Justiça, aliado do governador, colocando verba complementar, viatura, e não estabelece como prioridade acabar com o crime organizado no Ceará?”, questionou.

O deputado De Assis Diniz (PT) partiu em defesa do Governo do Estado e disse que as falas de Reginauro demonstram que ele não quer os investimentos no Estado, já que teria demonstrado estar “chateado porque o governador tem prestígio do ministro”. “O que o ministro está dizendo é que nós temos problemas e que existe o crime organizado e que vamos combatê-lo”, apontou o petista.

O Ceará não tem uma única fábrica de arma de fogo, não tem um único plantio de coca. Precisamos discutir as fronteiras, a política com mais eficácia. Agora, com inteligência, com investimento, policiamento valorizado, com as forças atuando de forma sistemática e integrada porque o crime organizado deu passos muito grandes” – (De Assis Diniz)