Os deputados Osmar Baquit, Lucinildo Frota e Oscar Rodrigues durante sessão na Assembleia Legislativa. Foto: ALCE

Durante debate na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (26), o deputado Oscar Rodrigues (UB) demonstrou preocupação com o aumento no número de cursos de Medicina pelo Brasil. Dono de universidade no Ceará, o parlamentar afirmou que a tendência é que o ensino fique “tão vulgar, que talvez a gente vai ganhar de Cuba, Venezuela e Chile”.

O assunto foi abordado pelo parlamentar durante pronunciamento de sue colega, Osmar Baquit (PDT), que comemorava a abertura de novos cursos em regiões que antes não tinham o ensino. Para o pedetista, diferente do passado, hoje existem muitas condições para a abertura de novos cursos em regiões distantes dos grandes centros urbanos.

Em resposta, Rodrigues disse estar preocupado com a aceleração da criação de novos cursos. Segundo ele, enquanto que os Estados Unidos, com quase 400 milhões de habitantes, possui 155 cursos de Medicina, o Brasil, com pouco mais de 200 milhões de pessoas, teria 388.

“Em pouco tempo, teríamos mais de 400 cursos solicitados ao MEC para serem liberados. Se isso acontecer, Medicina vai ficar um curso tão vulgar, que talvez a gente vai ganhar de Cuba, Venezuela e Chile. Está exageradamente desordenado. Nós temos dois cursos na nossa universidade e a gente conhece muito bem essa área”, apontou.

“Mais médicos”

O deputado Lucinildo Frota (PMN) lembrou que em 1988 o Ceará possuía apenas uma escola técnica, e atualmente são 35. Ele disse que no passado havia formação do filho do pobre, mas esse tinha muita dificuldade e poucos eram os que chegavam no nível do ensino superior.

Dra. Silvana (PL) destacou a defesa das instituições públicas e disse que mais pessoas, sem condições financeiras, devem, através das universidades, partir para outra camada da sociedade. “Precisamos de mais médicos e mais profissionais”.

“Nós evoluímos. Hoje existem escolas em tempo integral, IFCE, uma porta aberta” – (Osmar Baquit)