queiroz filho

O parlamentar destacou a necessidade de uma mobilização para a criação de um pacto de desenvolvimento econômico com foco na geração de emprego e renda e combate à desigualdade / Foto: Print Alece

O deputado Queiroz Filho (PDT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará nesta quinta-feira (23) para fazer um alerta sobre o crescimento abaixo da média nacional do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, que fechou 2022 com aumento de apenas 0,96% em relação a 2021, segundo dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

“Venho demonstrar a minha preocupação com o nosso cenário econômico. Acompanhamos o Ceará na 24ª posição dentre todas as Unidades da Federação. Muito disso se deve à queda do desempenho na indústria, com resultado inferior à média nacional, de 2,9%, diferente do setor da agropecuária, que mesmo com todas as dificuldades, teve crescimento de 7,7% e tem segurado a economia do estado nas costas”, aponta o parlamentar.

Queiroz Filho também apontou que o combate à pobreza é uma realidade a ser enfrentada. “Infelizmente, os indicadores não têm diminuído nos últimos anos. No ano passado, os dados apontam que 44,7% da população cearense vive na situação de pobreza, sendo 15% de extrema miséria. No meu entendimento, é possível uma melhor organização da destinação dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza – FECOP – para a sua finalidade original, evitando o aumento de impostos, como o que foi feito com o ICMS“, pontuou.

O parlamentar destacou a necessidade de uma mobilização para a criação de um pacto de desenvolvimento econômico com foco na geração de emprego e renda e combate à desigualdade. “Precisamos reconhecer que existe uma dificuldade para colocar o estado num patamar que já estivemos antes. É necessária a formulação de um novo modelo de gestão e, para isso, é essencial um amplo diálogo com a população, pois existe muita gente qualificada para auxiliar, na Academia, nas universidades, na sociedade civil”, disse.

Extinção do FESF

O deputado também apontou como um acerto a iniciativa do Governo do Estado de enviar um projeto para a Assembleia Legislativa extinguindo a criação do Fundo Estadual de Sustentabilidade Fiscal (Fesf), pauta que ele havia criticado diante das consequências que a redução de incentivos fiscais poderia causar ao setor produtivo do Ceará. “Fico feliz de ter dado essa contribuição, assim como outros, pontuando sobre esse fundo que certamente iria agravar o número de desemprego no nosso estado”, finalizou.