Deputada lembrou caso envolvendo a ex-vereadora Marielle Franco, que ainda não teve desfecho por parte da Justiça, mas saiu do plenário, como sempre o faz, e não participou das discussões. Foto: ALCE

A deputada Laríssa Gaspar só é vista no plenário da Assembleia quando vai fazer algum pronunciamento do seu interesse político ideológico. Nesta quinta-feira (16), mais uma vez ele foi ao plenário fez o pronunciamento e não ficou para participar do debate sobre o tema que ela levantou. Hoje, ela demorou um pouco mais no plenário para atender uma convocação do governador para que todos os deputados da sua base fossem votar para a aprovação de matérias de interesse do Governo.

A deputada Larissa provocou uma inquietação no plenário pois logo depois do seu discurso em que ela relembrou o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, o deputado Alcides Fernandes observou que se questionado sobre quem mandou matar Marielle, mas não se pergunta quem mandou matar Celso Daniel, um ex-prefeito de cidade do Interior de São Paulo, cujos questionamentos envolvem nomes petistas.

Para a deputada, o  aumento nos casos da chamada violência política de gênero pelo Brasil afora tem incomodado parlamentares em todo o País. Durante sessão ordinária desta quinta-feira (16), a deputada Larissa Gaspar (PT) sugeriu a criação de uma Frente Parlamentar para tratar do tema na Assembleia Legislativa. Outros deputados concordaram com a iniciativa.

“Precisamos garantir que as mulheres possam exercer seus mandatos plenamente, sem cerceamento, sem interrupção e agressão”, disse a petista. Ela lembrou que na última terça-feira (14), a morte da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou cinco anos e, até hoje, não se sabe quem foi o mandante do crime. Segundo ela, o crime é um claro exemplo de violência política e precisa de conclusão na investigação.

Larissa Gaspar argumentou também que, quando vereadora de Fortaleza, apresentou projeto para instituir a semana Marielle Franco de enfrentamento à violência política contra mulheres, ainda em tramitação, e que deve ser dado prosseguimento pela vereadora Adriana Almeida (PT).

A deputada chamou a atenção também para os casos de violência contra a mulher no Ceará e a importância de reforçar os equipamentos de proteção e acolhimento. “É preciso fortalecer essa rede para salvar as vidas das mulheres cearenses”, avaliou.

A manifestação do deputado Alcides Fernandes em perguntar quem mandou matar o Celso Daniel deixou irritados os deputados petistas De Assis Diniz e o suplente Guilherme Sampaio. Este falou como costuma fazer na Câmara Municipal de Fortaleza e De Assis chegou a dizer que deputado para falar do PT precisa “lavar a boca”. A deputada Dra. Silvana não gostou. Foi forte no seu pronunciamento, sem citar o seu nome só não chamou De Assis de deputado e disse não aceitar ninguém  na Assembleia manda-la lavar a boca para falar o que entendesse. Chamou a atenção do presidente para o desrespeito de De Assis com todos os demais deputados não petista, mas o presidente da sessão Evandro Leitão, sequer mandou retirar as expressões de De Assis dos anais do Legislativo.

O clima ficou tão tenso no plenário da Assembleia que a sessão foi encerrada. O próprio Evandro pediu aos deputados que ainda estavam inscritos para usarem a tribuna para cancelarem as suas inscrições.