Decano no parlamento cearense, Fernando Hugo levou o assunto para a tribuna da Casa. Foto: ALCE

Tema que havia sido deixado de lado nas últimas semanas no parlamento cearense, a chamada “ideologia de gênero” voltou a ser pauta de deputados conservadores na Assembleia Legislativa. Na manhã desta quinta-feira (16), alguns parlamentares se revezaram no Plenário 13 de Maio para criticar um eventual inclusão da identidade de gênero na grade curricular das escolas.

Decano no Legislativo Estadual,  Fernando Hugo (PSD) questionou os debates, na Câmara dos Deputados e Senado Federal, sobre a inserção ou não de aulas sobre “ideologia de gênero” na grade curricular. Para ele, é necessário voltar esforços para a qualificação nas escolas.

“É necessário priorizarmos a educação no sentido maior. Precisamos debater nas casas legislativas sem ideologias. Educação, saúde e segurança pública não se pode ficar fazendo debate com ideologia. Quando se mistura isso, as coisas saem do trilho”, destacou o parlamentar. Para ele, esse tipo de tema não pode fazer parte dos debates nas salas de aula.

Crianças

Crítica do conceito, Dra. Silvana (PL), voltou a utilizar a argumentação de que é preciso “proteger as crianças da ideologia de gênero. A parlamentar, que já defendeu que alunos filmem seus professores em sala de aula, afirmou que é preciso “combater ensinamentos de professores que tentam confundir a mente de nossas crianças”.

Sargento Reginauro (União) defendeu que o tema seja tratado pela família e não na escola. Já Leonardo Pinheiro (PP) chamou de “perda de tempo” discutir temas de importância para os alunos “com viés ideológico”. Oscar Rodrigues (União), por sua vez, que se disse evangélico, afirmou que aprendeu a entender e respeitar as mudanças sociais propostas com o passar do tempo, mas disse não concordar.