Os três deputados do União Brasil na Assembleia que fazem oposição ao Governo Elmano de Freitas. Foto: Reprodução/Instagram

O União Brasil Ceará lançou, nesta sexta-feira (24), nota pública repudiando as propostas do Governo do Estado, aprovadas recentemente na Assembleia Legislativa, que versam sobre o aumento do ICMS e a contratação de empréstimo no valor de R$ 900 milhões. Os membros da agremiação sugerem a criação de uma Frente Parlamentar “em Defesa do Desenvolvimento do Estado do Ceará”, mas nem todos os parlamentares da sigla assinaram o documento. Em entrevista ao jornalista Edison Silva, no início da tarde desta sexta-feira, o deputado federal Danilo Forte disse que o único integrante do partido, com mandato, que não assinou a nota foi o deputado estadual Firmo Camurça.

De acordo com a nota, o objetivo do colegiado, no âmbito da Assembleia Legislativa, visa buscar agregar outros deputados, de outras legendas, para se opor à estratégia do Palácio da Abolição de repassar aos cearenses o que chamam de “problemas de gestão”.

O documento encaminhado à imprensa, inicialmente, estava assinado pelos deputados federais Danilo Forte, Moses Rodrigues, Fernanda Pessoa e Dayany do Capitão, além dos estaduais Oscar Rodrigues, Felipe Mota e Sargento Reginauro. No entanto, o deputado estadual Felipe Mota compartilhou a nota em suas redes sociais, excluindo as assinaturas de Fernanda Pessoa e Moses Rodrigues. Firmo Camurça também não assina.

O presidente estadual da legenda no Ceará, o secretário de Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner, também assina o documento. De acordo com a assessoria de imprensa do partido, foram mantidas somente as assinaturas daqueles que construíram a proposta, visto que alguns parlamentares estavam viajando.

O União Brasil classifica o pacote de medidas do Governo Elmano como “irresponsável” e aprovado de “maneira apressada”, já que as medidas não têm efeito imediato. Na nota divulgada à imprensa, a sigla afirma que o Governo destinou a matéria com ausência de informações importantes, para municiar o parlamento com ferramentas necessárias para uma análise minuciosa das medidas.

Deputados que assinaram a nota encaminhada pela assessoria de imprensa do União Brasil.

“É gritante a ausência de números, cálculos e demonstrações das necessidades e dos efeitos que medidas como o aumento da alíquota modal do ICMS em dois pontos percentuais terá sobre a arrecadação e, não apenas isso, a inflação e o custo de vida e empregos dos cearenses”, diz o texto.

O partido ainda ressalta que a matéria não poderia ter sido aprovada sem ouvir a sociedade. “Não poderiam ser votadas sem ouvir a sociedade e os técnicos da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e do Instituto de Pesquisas e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) que, se fizeram cálculos sobre os impactos dessas medidas, não os incluíram nas mensagens encaminhadas pelo governo”, chama atenção.