O deputado Sérgio Aguiar defende um posicionamento que não resulte em entraves para o projeto de desenvolvimento do Estado. Foto: Miguel Martins

Os trabalhos na Assembleia Legislativa serão retomados na próxima quarta-feira (01), com a posse e eleição da próxima Mesa Diretora, e até o momento o Partido Democrático Trabalhista (PDT), a maior representatividade partidária da Casa, ainda não definiu como se comportará quanto à gestão do governador Elmano de Freitas. A demora para uma definição tem feito com que alguns pedetistas demonstrem incômodo com a situação.

No ano passado, o PDT do Estado chegou a criar um colegiado, composto pelo presidente da sigla André Figueiredo, pelo ex-prefeito Roberto Cláudio, o prefeito Sarto e o senador Cid Gomes para definir como se comportará a sigla, derrotada nas eleições ao Governo do Estado no ano passado. Alguns deputados já sinalizaram que, independente da decisão partidária, estarão na base do petista, uns, inclusive, já foram indicados secretários da gestão.

Projeto

O ex-prefeito Roberto Cláudio tem defendido que a sigla faça oposição ao Governo, e deve influenciar ao menos três pedetistas mais alinhados com suas pautas (Queiroz Filho, Antônio Henrique, Cláudio Pinho). Seis outros membros da legenda, por outro lado, já demonstram publicamente interesse de fazer parte da base aliada. São eles: Salmito Filho, Romeu Aldigueri, Evandro Leitão, Osmar Baquit, Jeová Mota, Oriel Filho. Salmito e Oriel foram indicados para o secretariado de Elmano.

Para o deputado Sérgio Aguiar, um dos pedetistas mais experientes da Casa, todos os membros do partido fazem parte de um projeto político que foi iniciado com a eleição de Cid Gomes ao Governo do Estado, em 2006, e que isso deve ser levado em consideração quando da definição partidária.

Defesa

“Vamos esperar os acontecimentos para verificar. Se o partido tomar uma oposição e, em se tomando uma posição, seus membros deverão obedecer ou se deixará livre para que cada um possa tomar seu posicionamento. Eu defendo que aqui no parlamento possamos colaborar para vencermos esses desafios que são da economia combalida e com dificuldades de se administrar. Que não haja entraves políticos para prejudicar o andamento da administração pública estadual cearense”, defendeu.

Ainda no ano passado, da tribuna do Plenário 13 de Maio, alguns deputados do PDT, como Osmar Baquit e Salmito Filho, já faziam a defesa da manutenção da aliança da sigla com o Governo Elmano de Freitas. Aqueles nomes mais alinhados com o ex-prefeito Roberto Cláudio, defensor da ida dos pedetistas para a oposição, preferem não se posicionar publicamente, mas relatam que seguirão as orientações do dirigente.