Dino disse que pretende identificar todos os financiadores envolvidos nos atos terroristas. Foto: Reprodução/ Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal informou que cerca de 300 terroristas bolsonaristas foram presos em flagrante pela invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, neste domingo (8).

“Estão sendo identificados e ouvidos nos autos do inquérito que investiga todos os atos criminosos ocorridos esta tarde (de domingo) na Esplanada dos Ministérios”, informou a Polícia Civil.

Segundo a polícia, as prisões em flagrante foram por “tentar depor, por meio de ato de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. O crime tem pena de quatro a 12 anos de prisão.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que cerca de 200 pessoas foram presas em flagrante pela participação nos atos terroristas que ocorreram em Brasília neste domingo (8/1). Também afirmou que cerca de 40 ônibus foram apreendidos e que os financiadores dos veículos já foram identificados. “Já identificamos todos os ônibus que vieram para Brasília e os financiadores dos ônibus. Vamos ter novos pedidos de prisão preventiva”, disse ele em entrevista coletiva.

Segundo o ministro, a pasta vai atuar a partir de quatro prioridades: restabelecer a ordem pública; prender em flagrante os envolvidos; apreender ônibus; e identificar todos os financiadores.

Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde deste domingo (8) o prédio do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e promoveu um quebra-quebra nos locais.

O plenário do STF foi destruído pelos terroristas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes terroristas, que revidaram com rojões.

Houve também invasão ao Palácio do Planalto, o local de trabalho do presidente da República. Vídeos feitos pelos próprios invasores mostram os vários danos causados por eles. Alguns terroristas conseguiram chegar até mesmo ao andar em que fica o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Acampamentos 

Nesta segunda-feira (9/1), os acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis em Brasília foram desarticulados. Na noite de domingo, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 24 horas para a polícia desocupar os acampamentos. Ele também afastou o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por causa da falta de repressão aos manifestantes.

Exército e Polícia Militar começaram a cumprir a ordem pela manhã. Cerca de 40 ônibus levaram os bolsonaristas para a superintendência da Polícia Federal. Parte dos extremistas fugiu quando o cerco começou. Outros observaram e pediram para permanecer nas intermediações dos quartéis. Um homem foi retirado algemado depois de resistir.

Fonte: ConJur