O vereador Guilherme Sampaio afirmou que a mensagem, do jeito que está, pode ser judicializada. Foto: CMFor

A sessão ordinária desta terça-feira (13) na Câmara Municipal de Fortaleza contou, mais uma vez, com a participação de vereadores que voltaram a criticar a inclusão do projeto que versa sobre a cobrança da taxa de lixo na Capital cearense. Enquanto aqueles que são contrários à medida se revezaram em explicações repudiando a matéria, a base governista, que deve votar favorável à mensagem enviada pelo prefeito Sarto, silenciou  durante o debate.

A matéria entrou na pauta da Ordem do Dia, porém, devido a quantidade considerável de emendas parlamentares, que totalizavam 45 no início do dia, retornou para as comissões temáticas e deve voltar para o debate no Plenário Fausto Arruda nesta quarta-feira (14). O líder do Governo, o vereador Gardel Rolim (PDT) acredita que a proposta possa ser apreciada e votada ainda nesta semana, mas se isso não acontecer sua votação ficará nos dias próximos do recesso parlamentar.

Um dos críticos da matéria, o vereador Gabriel Aguiar (PSOL) vem reclamando da falta de tramitação do texto original na comissão de Meio Ambiente, ainda que trate da questão dos resíduos sólidos no Município. O parlamentar entrou com recurso junto ao plenário e, ainda na sessão plenária, cobrou um posicionamento da presidência da Casa para que o colegiado possa discutir sobre o tema.

Para a vereadora Larissa Gaspar (PT) a matéria está tramitando de forma “equivocada”, visto que não tem permitido uma discussão maior com a população.  “Ela está de forma absolutamente equivocada trazendo esse debate de forma atropelada, convocando sessão extraordinária para passar a matéria rapidamente. Faço apelo para parar de mentir. Além de mentir, está dizendo que o prefeito é obrigado a aplicar a Lei, não é. Você não é obrigado, Sarto”, apontou a petista.

“Faça pressão”

De acordo com o vereador Guilherme Sampaio (PT), a proposta é ilegal, visto que, em sua avaliação, para a implementação da legislação é preciso que se leve em conta o nível de renda da população. “Essa proposta, se passar do jeito que está, cairá na Justiça”, disse. O posicionamento do líder do PDT, o vereador Júlio Brizzi (PDT), também tem surpreendido seus pares, visto que ele tem se colocado frontalmente contra a matéria do prefeito Sarto, que é filiado ao mesmo partido.

“Não é justo a criação de um tributo novo para onerar a população, com as dificuldades que tem, com essa tabela defesada para pagar despesa atiga”, apontou. Ainda de acordo com ele, não existem argumentos que o façam votar a favor da matéria ou para sua urgência. “É um momento histórico deste parlamento, que no passado já derrubou essa tarifa. Que o povo de Fortaleza se manifeste, fale com os vereadores, coloque sua opinão, faça perssão”.