Dra. Silvana criticou ações da Justiça contra contas de bolsonaristas nas redes sociais. Foto: ALCE

As recentes ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra notícias falsas nas redes sociais, que resultaram na suspensão de contas de bolsonaristas, motivou o pronunciamento da deputada Dra. Silvana (PL) durante a sessão ordinária desta terça-feira (08). A parlamentar, que também é defensora das pautas do presidente Jair Bolsonaro, chegou a dizer que o Brasil vive “a ditadura da toga”, em alusão a decisões do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com discurso semelhante àquele defendido por Bolsonaro, Silvana afirma que está havendo uma censura à liberdade de expressão. A Justiça, porém, tem atuado para evitar que discursos de ódio sejam perpetrados por aliados do presidente da República, o que culminou no bloqueio de contas de alguns bolsonaristas conhecidos como o empresário Luciano Hang, o pastor André Valadão, o blogueiro Allan dos Santos, além de políticos como Nikolas Ferreira, Daniel Silveira e Carla Zambelli.

Em seu pronunciamento, a parlamentar chegou a ler um texto atribuído ao ministro do STF Luis Roberto Barroso, em que ele diz que “a liberdade de expressão não é garantida de verdade ou de justiça, ela é uma garantia da democracia. Defender a liberdade de expressão pode significar ter de conviver com a injustiça e até mesmo com a inverdade. É o preço”.

“Vivemos a ditadura da toga, onde você não pode dizer o que pensa. Se eu não posso dizer o que penso, eu não sou livre, e se não sou livre, não vale a pena viver”, apontou a bolsonarista. Para ela, opiniões discordantes, sejam elas baseadas na verdade ou não, fazem parte da democracia.

Érika Amorim (PSD) corroborou com a colega, e defendeu o que chamou de direito à voz. Segundo ela, Silvana tem uma representatividade eleitoral considerável no Ceará, sendo expressão de muitos cearenses no parlamento cearense. “As opiniões discordantes precisam ser respeitadas, pois isso faz parte da democracia”, afirmou.