Foto: Reprodução Twitter @EvandroLeitao

Elmano de Freitas, Camilo Santana e Evandro Leitão assumiram, conjuntamente, praticamente todos os compromissos políticos para a formação da aliança que ajudou a eleger Elmano governador do Ceará. O primeiro deles é o comando da Assembleia Legislativa. Evandro Leitão trabalhou no sentido de ele continuar como presidente do Poder Legislativo, posição também perseguida pelo deputado Zezinho Albuquerque, controlador do PP, partido presidido no Ceará pelo seu filho, o deputado federal reeleito AJ. Albuquerque.

Como os dois, Evandro e Zezinho não podem ser presidente ao mesmo tempo, eles acertaram, com o testemunho e aval de Elmano e de Camilo, que Evandro será presidente nos primeiros dois anos do Governo Elmano de Freitas e Zezinho nos dois últimos. O mandato do presidente da Assembleia é de dois anos. E Zezinho, antes de ir ser presidente, cargo que ele já ocupou em três oportunidades, nos oito anos de mandato do ex-governador Camilo Santana, ocuparia uma secretaria no Governo Elmano, de preferência a Secretaria das Cidades, pasta que ele comandava até recentemente.

Em política, até por conta do dinamismo das coisas que as movem, esses acordos de longo prazo quase sempre sofrem percalços, tanto que já agora os comentários são de que a Secretaria das Cidades iria para um aliado da deputada federal Luizianne Lins. Esta, até bem pouco tempo era a líder seguida por Elmano, tanto que por imposição dela ele foi candidato a prefeito de Fortaleza e depois candidato a vice-prefeito da Capital, tendo Luizianne como a companheira de chapa.

Zezinho Albuquerque, dizem amigos dele, está tranquilo e acreditando que os três (Elmano, Camilo e Evandro), cumprirão o acordo firmado que permitiu o PP na coligação com o PT, mesmo a contragosto do comando nacional da agremiação que, como o PSDB, foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem sucesso, para anular a decisão da instância estadual. Zezinho, segundo os mesmos amigos, não fará objeção se a secretaria a ele destinada for outra, mas com estrutura que dignifique o partido e a ele, deputado de aproximadamente três décadas de mandato.

De fato, para compor o seu arco de aliança, o governador eleito fez e endossou vários e comprometedores acordos políticos. Comprometedores pela dificuldade para cumpri-los, pois alguns aliados estão certos de que, por ter ele (Elmano) insinuado que os adesistas do futuro não teriam participação no Governo, para preservar a força local dos que aderiram na primeira hora, todos os cargos e benesses do Poder serão dos vitoriosos, hoje e até o fim da gestão. E isso é praticamente impossível de acontecer. Tem adesistas que acabam tendo bem mais benefícios. E é por isso que eles aderem. Não existe adesão só pelo brilho dos olhos dos governantes. Toda ela é por cargo e prestígio no Governo, em qualquer das suas esferas: municipal, estadual e federal.