André Figueiredo diz que PDT pode ajudar o Governo sem participar da gestão. Pedetista diz não se opor a quadro que queira ingressar no Executiv. Foto: Agência Câmara

A comissão interna do Partido Trabalhista Democrático (PDT), criada para definir posicionamento quanto ao futuro Governo de Elmano de Freitas (PT), se reuniu uma vez e definiu que, antes de tomar uma decisão sobre a gestão do petista, aguarda um convite do governador eleito para dialogar sobre o tema. O presidente estadual da sigla pedetista, o deputado federal André Figueiredo defende que a legenda não tenha espaço na futura administração, mas não fará objeção a membro do grêmio que seja convidado para fazer parte do Executivo.

Segundo informu, a perspectiva, agora, é de aguardar uma sinalização do governador eleito para que se abra um canal de diálogo sobre o posicionamento do PDT quanto ao próximo Governo. Na semana passada, durante encontro com partidos aliados, Elmano de Freitas chegou a dizer que não convidou a sigla pedetista para a reunião visto as discussões internas do grêmio, mas disse que queria o partido em sua base governista.

Esse encontro ainda não tem data para acontecer, mas segundo informou Figueiredo, não há necessidade da presença dos quatro membros do grupo junto ao governador eleito. O dirigente tem boa relação com Elmano de Freitas, assim como o senador Cid Gomes e o prefeito Sarto, que foram escolhidos os membros da comissão. Somente Roberto Cláudio, que tem sido adversário político do petista há mais de dez anos, não teria qualquer proximidade com o próximo chefe do Executivo.

“Até agora, ele (Elmano) não nos chamou e estamos no aguardo. Não adianta estar na faze de posição do governador se quer ou não o apoio do PDT”, disse  Figueiredo. Ainda de acordo com ele, os deputados estaduais, federais, prefeitos e lideranças também participarão do diálogo interno da sigla para estabelecer um caminho “que não será base aliada ou oposição odienta. Tudo será decidido com serenidade, para que a gente possa respeitar os resultados das urnas”.

Apesar de uma sinalização de possível independência na Assembleia Legislativa do PDT, o dirigente partidário afirmou que o partido precisa ter tranquilidade e serenidade para ajudar o chefe do Executivo na Assembleia Legislativa e em Brasília, não necessariamente participando de seu Governo. Ainda segundo disse, após um eventual diálogo com o governador eleito, a comissão reunirá seus membros e tomará uma decisão que não precise passar por um processo de votação.

PDT

“Independência é o caminho natural. Não fomos eleitos, e ele foi eleito em cima de bases de partidos que não tinha o PDT. A decisão mais serena é a de auxiliar o governador dentro daquilo que estiver ao nosso alcance, sem necessariamente participar do Governo. Integrantes do partido podem ser convidados e não faremos disso cavalo de batalha. Tudo, por enquanto é suposição, e quem definirá será o convite inicial do governador”, disse.

Segundo disse, o governador tem a prerrogativa de querer conversar ou não com o PDT, e caso não queira, isso seriam compreensível visto que o PDT não fez parte da sua base de partidos aliados. Sobre a possibilidade de convite de um dos membros do PDT para compor a administração de Elmano de Freitas, André Figueiredo disse apenas que espera que o partido seja informado.  Ainda de acordo com ele, sua posição pessoal é não colocar qualquer obstáculo sobre esse ponto, mas quem decide são os quatro membros da comissão formada para definir os rumos do partido.