Renato Roseno (PSOL)  também se solidarizou com a ministra do STF, Carmem Lúcia e com os policiais federais atacados pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. Foto: ALCE

Os deputados da Assembleia Legislativa se posicionaram durante a sessão ordinária desta terça-feira (25) sobre os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e o atentado praticado por ele contra policiais federais. Alguns parlamentares que repudiaram os atos de Jefferson chegaram a mencionar a ligação do dirigente partidário com o presidente da República Jair Bolsonaro, que tem buscado se descolar do até então aliado.

Nizo Costa (PT) criticou os atos ocorridos, quando o ex-deputado atacou com fuzis e granadas, mesmo proibido de portar armas, policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão contra ele, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também citou as agressões praticadas por aliados de Jefferson contra profissionais da imprensa.

“Que país é este? Onde nós estamos vivendo?Essa violência tem que parar, o dia do segundo turno está se aproximando. Está na hora de nós, nordestinos, que somos discriminados por esse grupo, pelo atual presidente, pelos seus apoiadores, nós não podemos aceitar isso e temos que dar uma resposta agora nesse próximo domingo”, disse.

Osmar Baquit (PDT) também repudiou o episódio e lembrou que caso isso tivesse ocorrido com um cidadão comum, este não estaria vivo para contar a história. Apóstolo Luiz Henrique (Republicano) lamentou situações que incitam a violência. “Eu não compactuo com a violência. O Evangelho de Jesus Cristo não prega a violência. Não compactuamos com discurso de ódio. Que no próximo domingo, vença a democracia”.

Acrísio Sena (PT)  disse que o Brasil está aterrorizado com a violência e desrespeito a Polícia Federal. “Essa Casa tem que se posicionar e repudiar as palavras dele a Ministra Cármen Lúcia”, defendeu. Renato Roseno (PSOL)  também se solidarizou com a ministra do STF, Carmem Lúcia e com os policiais federais atacados pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Crimes

“Não consigo sequer falar os impropérios que aquele senhor dedicou à ministra. Condenado em prisão comum, ele está na domiciliar somente por sua idade e estado de saúde, ciente de suas medidas restritivas”,  frisou Ronseo. “Ele comete crimes contra a honra, ataca a ministra de forma sexista e misógina, quebra as medidas cautelares da sua prisão domiciliar, mantém um arsenal de 20 a 25 armas e atenta contra a vida de quatro servidores de segurança pública durante um cumprimento de ordem humanizado”.

Heitor Férrer (União) afirmou que o bom senso é a única saída para curar as pessoas do ódio e da paixão. “O odiento não vê qualidade em ninguém e o apaixonado não vê defeito. Pessoas falando em perseguição a Roberto Jefferson por ele ser Bolsonaro, e eu as lembro que prisão domiciliar não é férias, é regulamentada e o beneficiado não pode levar a vida como se na liberdade estivesse. O cidadão atentou contra o estado brasileiro”. Já Delegado Cavalcante (PL) tentou desvincular, sem sucesso, a imagem de Jefferson da imagem do presidente da República, Jair Bolsonaro.