Renato Roseno demonstrou preocupação com a quantidade de armas que estão sendo desviadas para o crime. Foto: ALCE

O atentado ocorrido em uma escola de Sobral, na Região Norte do Estado, que vitimou três estudantes, atingidos por tiros por um colega de classe, motivou diversas críticas por parte de políticos locais sobre a política armamentista do presidente Jair Bolsonaro. Durante sessão ordinária desta quinta-feira (06), o deputado Renato Roseno (PSOL) repudiou medidas que resultaram em maior liberação de armamento para a população, por por força de 40 decretos presidenciais, flexibilizou o acesso a armas de fogo nos últimos anos.

De acordo com ele, informações do Exército dão conta de que houve um aumento de 287% na compra de armas durante o Governo Bolsonaro. “Mais de um milhão de armas foram adquiridas por colecionador, atirador desportivo e caçador. Não é possível que esse País continue com essa política que promove o armamentismo”, apontou.

O parlamentar salientou que armas adquiridas, mesmo que legalmente, são facilmente desviadas para o crime. “Em média, nove armas de fogo são desviadas por dia. O acesso as armas de fogo, gera violência e essas tragédias são frutos dessa campanha armamentista”, disse.

A deputada Érika Amorim (PSD) também lamentou o aumento da violência contra jovens e adolescentes por arma de fogo e assinalou que a política armamentista vai contra a prevenção do suicídio, inclusive. “A Organização Mundial da Saúde recomenda que não existam políticas nesse sentido. Me solidarizo por aqueles que passam pela depressão e ansiedade e é mais um ponto que precisamos pensar e buscar fortalecer o não armamento”, explicou.