Adail Júnior tem sido um dos principais críticos da gestão de Izolda Cela e do ex-governador Camilo Santana na Câmara de Fortaleza. Foto: CMFor

O vereador Adail Júnior (PDT), vice-presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, voltou a criticar a governadora Izolda Cela, a quem ele chegou a chamar de “cara de pau“. Em discussão na Casa Legislativa, na manhã desta quarta-feira (24), o pedetista disse que ainda não se recuperou do que chamou de “traição” e disse que os petistas são piores do que os bolsonaristas.

O pronunciamento de Adail foi uma resposta às falas de Guilherme Sampaio, que afirmou que a disputa das forças progressistas seriam contra o bolsonarismo, que segundo ele, também ameaça o Ceará. No entanto, para o vice-presidente da Câmara, essa máxima defendida pelos petistas já está ultrapassada.

Ele lembrou que em março o então pré-candidato Roberto Cláudio (PDT) procurou o ex-governador Camilo Santana, que teria concordado com a continuação da disputa interna pelo pedetista. “A ferida ainda está aberta do que a governadora Izolda Cela fez com o PDT. Quem tem uma correligionária dessa, não precisa de inimigo político. Ela deu entrevista dizendo que fez isso para unir a base. Dá para chamar a governadora de cara de pau? O (primeiro cavalheiro) Veveu e a família fazendo campanha em linha de frente com o Elmano. Não dá para engolir isso calado”.

O parlamentar disse não aguentar mais o discurso do PT de derrubar os bolsonaristas. “Os bolsonaristas são melhores do que eles, os petistas. A gente tem que dizer mesmo o que sente. Não tem paz, amigo. Não dá para ter essa paz toda com esse PT que fez isso com a gente”.

Ainda de acordo com ele, outras vereadoras chegaram a criticar o PDT por não ter escolhido uma mulher como candidata ao Governo do Estado, enquanto que as principais candidaturas apresentadas pelo PT são de homens.  O vereador mencionou os nomes de Larissa Gaspar, do PT, Adriana Nossa Cara, do PSOL, que revidou. A socialista afirmou que não usou a tribuna da Casa para se posicionar sobre o tema em nenhum momento da discussão interna entre petistas e pedetistas

Violência política

“Todo o debate foi feito e eu nunca, enquanto covereadora, subiu à esta tribuna para me posicionar, exatamente pelo fato de que o PSOL tinha uma candidatura própria. A Adelita escolheu desistir a disputa, diferente da Izolda, que queria continuar governadora com direito de estar candidata, o que lhe foi retirado”, lembrou.

A vereadora também criticou o que chamou de “violência política” sofrida por Izolda durante o processo de eleição interna do PDT. “Vi pessoas dizendo que se fosse Izolda iriam rasgar ficha de filiaçao, iriam sair do partido. Pessoas que ocuparam a frente do PDT, gritando contra a Izolda. Me pronunciei diante dos fatos. A gente quer mais mulheres na política. A Izola queria ser candidata”.