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O Programa do Blog do Edison Silva, desta segunda-feira (13), questionando se está ou não valendo o aumento na conta de luz dos cearenses anunciado em abril, de aproximadamente 25%? Houve uma movimentação intensa entre os políticos cearenses, à época, com o deputado federal Domingos Neto (PSD), ao apresentar um Projeto de Decreto Legislativo para anular o aumento concedido pela Aneel, que teve sua urgência aprovada rapidamente, com um número expressivo de votos.

Mas ficou nisso. Na urgência, aconteceram alguns debates, na própria Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa do Ceará. Na ALECE, foi criada uma Comissão Especial para tratar do aumento a ser cobrada pela Enel e, também, para analisar o contrato de concessão entre o Governo do Estado e Enel para a distribuição da energia no Estado, que substituiu a empresa estatal Coelce. 

Nada surtiu efeito, até o presente momento. Recentemente, o Blog cobrou informações da Comissão da Assembleia, e ficou, apenas, na instalação, dando como novidade uma reunião com representante do Ministério Público Federal (MPF).

Agora, como não se fala mais do aumento na conta de energia, e, sim, tudo gira em torno da redução do ICMS, imposto estadual cobrado nas contas de luz, mas o centro das discussões é sobre a possibilidade da redução do ICMS diminuir o preço dos combustíveis. Nesta tarde, os senadores começaram a votar o PLP 18/22, já aprovado na Câmara dos Deputados, reduzindo o imposto de combustíveis, comunicações e energia elétrica em 17%, provocando uma baixa na arrecadação dos estados, incluindo o Ceará, que cobra até 30% de ICMS nestes itens.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), relator da matéria, manteve a redução definida pela Câmara, mas criou uma espécie de compensação para os estados, o que não agrada os governadores. Ele recebeu emendas ao Projeto até o meio-dia de hoje, pois o relatório, já apresentado na última quarta-feira (08), poderá acatar ou não algumas das emendas, sendo mais de 30 apresentadas.

O deputado federal Capitão Wagner voltou ao interior do estado, no último final de semana, com os encontros regionais do seu partido, o União Brasil. Como o Blog do Edison Silva já comentou, Wagner está apostando na divisão da base governista para ampliar seu apoio político. 

Recentemente, ele andou conversando tanto com Domingos Filho (PSD), presidente estadual da sigla, quanto com o deputado Zezinho Albuquerque, liderança do Progressistas. Ambos, PSD e PP, querem ter a vaga de vice na chapa do candidato a governador da base aliada.

O deputado estadual Renato Roseno (PSOL) já disse, em mais de uma ocasião, sobre a exploração da Mina de Itataia, no município de Santa Quitéria/CE. Ele é contra o modelo de exploração da mina. Este debate é antigo e a exploração já foi apontada como a “redenção” do Estado, tamanha era a riqueza da Itataia, sobretudo em urânio, combustível apontado como a solução para a questão energética mundial, na época.

Estudos foram feitos sobre a exploração, mas ficou apenas em discussão. O urânio caiu de moda e o tema desapareceu, segundo Edison Silva, deixou o estado “tão pobre quanto era antes do descobrimento da tal riqueza”. Depois veio uma nova fase de exploração de Itataia, não sendo mais o urânio como a principal riqueza, mas o fosfato, também sem sucesso. Agora fica o questionamento: será que o retorno do debate é “para valer”?

Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), como já foi destacado por este Blog, disse num evento, em comemoração aos 75 anos de criação do Tribunal de Contas do Pará (TCE/PA), na última sexta-feira (10), que a decisão da Suprema Corte anulando a condenação, decretada pelo ex-juiz Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato, foi uma “anulação formal”. 

Mas essa decisão não significa que não houve corrupção apontada pela Lava Jato e citou exemplos de algumas devoluções de milhões de reais por acusados de desvios de recursos federais. Essas declarações do presidente do Supremo estão gerando inúmeras especulações de lado a lado da política nacional. Os petistas, entendendo que a fala do pode beneficiar Bolsonaro, se voltam contra a manifestação de Fux. Já os bolsonarista admitem que o discurso dele é uma maneira de aproximação do STF ao presidente.

Os aliados de Ciro Gomes (PDT) estão apostando numa boa repercussão do evento regional que o PDT promoverá em Fortaleza, na próxima quarta-feira, reunindo lideranças nordestinas pedetistas. Essa será a primeira de uma série de reuniões regionais com as lideranças dos diversos pontos do Brasil para alavancar a candidatura de Ciro, hoje na terceira colocação na disputa presidencial, distante dos ponteiros, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Esses encontros tornam-se mais importantes ainda em razão da mobilização em torno da candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB), após o acerto do PSDB com o Cidadania e MDB. Os pedetistas querem evitar a surpresa que foi para a postulação de Ciro o lançamento da candidatura presidencial do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), abafada pelo comando do União, imediatamente após o ingresso na nova agremiação.

O presidente Bolsonaro voltou a falar sobre suas desconfianças em torno da lisura do processo eleitoral brasileiro, principalmente em relação às urnas eletrônicas. Agora, ele tem como mote a troca de ofícios entre o Ministério da Defesa e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em que o ministro da Defesa diz que as Forças Armadas não estão sendo prestigiadas pelo TSE, embora ela tenha sido comandada pelo próprio comando do Tribunal para participar das discussões sobre urnas eletrônicas.

Aliás, esse convite feito pelo ex-presidente da Corte Eleitoral, Luís Roberto Barroso, com a finalidade de conter as agressões de Bolsonaro às urnas, tem sido censurado, pois, no dizer do atual presidente do TSE, Edson Fachin, “as eleições são feitas pelas Forças ‘Desarmadas’”.

Terminamos destacando a entrevista do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, no Jornal O Globo, falando das dificuldades em torno do nome de Simone Tebet, dizendo que o PSDB só indicará o nome a vice-presidente em julho. Ele reconhece, também, as dificuldades encaradas por Simone dentro do MDB, a partir de Mato Grosso do Sul, seu estado, onde a sigla não lhe empresta apoio.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta segunda-feira (13/06):