No primeiro momento, os representantes da gestão municipal explicaram o objetivo da reforma, apresentaram o projeto e reforçaram que os profissionais e os pacientes serão realocados para outras unidades do município. Foto: Reprodução

A Comissão de Saúde realizou na manhã de quarta-feira, 8, reunião com representantes da Secretaria Municipal de Saúde e movimentos sindicais para discutir o projeto de reforma do Gonzaguinha de Messejana e os impactos do fechamento da unidade para os profissionais de saúde e população que reside na região.

No primeiro momento, os representantes da gestão municipal explicaram o objetivo da reforma, apresentaram o projeto e reforçaram que os profissionais e os pacientes serão realocados para outras unidades do município.

Segundo o Dr. Daniel Lima, o Gonzaguinha de Messejana possui mais de 30 anos e após ser feito uma análise técnica do prédio foi identificado vários problemas elétricos e estruturais. “Chegou em um ponto que não era mais possível só a manutenção, mas sim uma intervenção grande”, aponta.

O engenheiro Guilherme da Secretaria de Infraestrutura, responsável pelo projeto informou que o hospital hoje desrespeita as normas exigidas e que intervenção visa adequar a unidade, deixando ela em melhores condições de trabalho para os profissionais e de atendimento para a população.

Já a coordenadora de Redes Hospitalar Pré-Hospitalar e Hospitalar, dra. Luziete Furtado da Cruz, destacou que os profissionais serão realocados e que as outras unidades do município como o Gonzaguinha do José Walter vão passar a acolher os atendimentos.

Representando o Sindicato dos Médicos, Dr. Ednardo destacou a importância da unidade e ressaltou que é possível reformar o hospital por setor, sem fechar todas as atividades. “Nós estamos falando de saúde e está tendo uma grande mobilização de todas as categorias. Não vemos hospitais sendo derrubados por terem 30 anos de idade”, apontou.

Os demais representantes sindicais e profissionais do Gonzaguinha destacaram que a unidade realiza em média de 300 a 500 partos por mês, sendo a maioria de grande risco e defenderam a importância do hospital permanecer aberto durante a reforma por ser um serviço essencial aos moradores da região. Também apontaram que a unidade mais próxima que poderia acolher os pacientes fica a 12km de distância, o que seria inviável para a maioria se deslocar, até mesmo por uma questão de segurança.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Danilo Lopes (Avante), deu como encaminhamento a formação de uma Comissão de representantes dos movimentos sindicais, profissionais da unidade e sociedade civil, para dialogar com a Secretaria Municipal de Saúde sobre o projeto de reforma e de transição dos servidores.

A Dra. Luziete destacou que todos os reclames foram anotados e serão encaminhados para a secretária Ana Estela. A gestora reforçou que a reforma é necessária para que a unidade fique dentro de todas as normativas e que vai dobrar a estrutura atual.

Estiveram presentes os vereadores Guilherme Sampaio (PT), Larissa Gaspar (PT), Ronivaldo Maia (PT), Renan Colares (PDT), Adriana Nossa Cara (PSOL), Enfermeira Ana Paula (PDT) e Sargento Reginauro (União Brasil). Representantes do Sindifort, Sintsaf, Sindisaúde, Sindifito, Sindicato dos Médicos e sociedade civil também participaram do debate.

Fonte: Câmara Municipal de Fortaleza