General Braga Netto foi ministro da Defesa do Brasil entre março de 2021 a abril de 2022. Foto: Alan Santos/Presidência da República.

Nesta segunda-feira (11), o Programa do Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense iniciou lembrando da expectativa no meio político quanto ao depoimento, nesta terça (12), do vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (União Brasil), na CPI das Associações de Militares em curso na Assembleia Legislativa.

Depois do primeiro depoimento, ocorrido semana passada, do presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Barbosa Araújo, o clima esquentou no plenário da ALECE, na última quinta-feira (7), com discursos inflados contrários e favoráveis à Comissão. 

Reginauro foi presidente desta mesma associação e, dele, serão cobrados esclarecimentos no confronto com a documentação em poder da CPI. Outros depoentes, dirigentes das demais associações, também serão chamados a depor. O interesse da Comissão é encerrar os trabalhos até o final deste semestre legislativo, em julho, ou até antes.

Lula (PT) continua sendo criticado pelo seu posicionamento a respeito do aborto. Jair Bolsonaro (PL) já tratou deste assunto em mais de uma oportunidade, inclusive nesta segunda-feira (11), em entrevista ao Jornal Liberal do Pará.

E pela primeira vez, embora o presidente Bolsonaro já tivesse sinalizado de que seu candidato a vice-presidente seria o general Walter Braga Netto, em entrevista ao grupo de comunicação paraense, ele confirmou o nome do ex-ministro da Defesa na chapa.

Até o próximo mês de julho, e nos cinco primeiros dias de agosto, prazo de realização das convenções partidárias que homologarão todas as candidaturas, vamos conviver com as inúmeras especulações a respeito das coligações majoritárias e novas composições das casas legislativas. Essa especulação entre PDT e PT no Ceará, sobretudo em relação ao candidato a governador indicado pelo PDT, superará todas as outras, mas dificilmente será alterada.

O ex-governador Camilo Santana (PT) será o principal interessado e o deputado federal José Guimarães, principal controlador do diretório estadual petista no CE, também defende a aliança. Camilo já falou para dizer que haverá a coligação e Guimarães faz discurso a fim de agradar os opositores da parceria, dentro do PT. O ex-presidente Lula tem interesse na coligação, mirando o segundo turno da disputa presidencial, principalmente, agora, quando não tem mais a expectativa de ganhar o pleito no primeiro turno, visto a reação de Bolsonaro.

Numa coligação, não há espaço para o veto de nomes dessa ou daquela agremiação, salvo de antes do acerto da coligação, o veto (ou os vetos) ficarem acordados, portanto, o discurso de vetos a um ou outro é, somente, na avaliação do jornalista Edison Silva, um engodo. O fim da parceria entre PDT e PT, no Ceará, prejudica a ambos.

O ex-senador Eunício Oliveira (MDB), que gosta de encontros festivos, recebeu Lula em sua casa em Brasília, além de outros políticos do MDB. O MDB de Eunício, de Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), tem uma candidata à presidência da República: a senadora Simone Tebet (MS). O presidente nacional da sigla, o deputado federal Baleia Rossi (SP), negocia com os presidentes do PSDB, Bruno Araújo; com o presidente do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar (PE); e com o presidente do Cidadania, Roberto Freire, a escolha de um candidato único do chamado “campo democrático”, na disputa pela presidência da República, cujo anúncio está marcado para o dia 18 de maio.

Na opinião do apresentador deste noticiário, será difícil haver uma congruência em torno deste nome. O registro do encontro na casa do ex-senador cearense serve para explicitar as indefinições no cenário político brasileiro. Em boa parte, o MDB quer votar em Lula, esquecendo o que eles denunciavam de ter sido traídos pelo ex-presidente Michel Temer, vice-presidente de Dilma Rousseff (PT), peça-chave do impeachment da petista.

No domingo (10) a senadora Simone Tebet, participando virtualmente de um evento de estudantes brasileiros nos Estados Unidos, do qual participaram presencialmente Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB), destacou a unidade dos partidos que querem ter candidato único do chamado “campo democrático”. Simone agiu como se nada estivesse ocorrendo dentro de sua agremiação, contra esta unidade e sua candidatura. Ciro, na mesma ocasião, criticou o posicionamento de Lula em relação ao aborto. Ele também falou da economia brasileira a este grupo de estudantes.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), na última sexta-feira (8), comemorou ter completado o número mínimo de assinaturas, 27 senadores, para requerer a CPI do MEC. Mas, no fim de semana, o sonho de instalar o colegiado foi dissipado. Três senadores retiraram suas assinaturas e, agora, Rodrigues cai em campo para tentar restabelecer as 27 assinaturas necessárias – um terço do Senado.

Randolfe e outros congressistas, dentre eles, dois cearenses Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB), querem investigar através de uma CPI os indícios de corrupção no MEC, após denúncias de um esquema paralelo de liberação de recursos da educação por pastores evangélicos ligados ao ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta segunda-feira (11/04):