Governador Camilo Santana e Vice-governadora, Izolda Cela, com os agraciados que foram receber a Medalha da Abolição 2020-2022. Foto: Ariel Gomes/Gov.CE.

Na noite da última sexta-feira ( 25) o Governo do Ceará entregou a Medalha da Abolição, mais alta distinção do Estado, a oito personalidades e a uma iniciativa cearense (Capacete Elmo), em solenidade realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza. A entrega também marcou a retomada da cerimônia após dois anos de suspensão por conta da pandemia da covid-19.

Na oportunidade, o governador Camilo Santana falou sobre o simbolismo de entregar a comenda na Data Magna do Ceará, destacando o esforço e a união dos cearenses para vencer a Covid-19. Ele não poupou elogios ao senador Cid Gomes, de quem foi secretário nos 8 anos de seu Governo, e a quem sucedeu como governador do Estado.

“Uma palavra que bem resume nossos sinceros sentimentos aos agraciados nesta noite é gratidão; pela contribuição de cada um diretamente e através do exemplo pessoal para construção de um Ceará cada vez melhor para todos e todas; pela luta desenvolvida para se transformarem em referências em suas áreas e de dignificarem nosso Estado. Como cearenses temos a responsabilidade histórica que é bem representada pela trajetória dos nossos nove agraciados. Uma responsabilidade que passa por Chico da Matilde, nosso bravo Dragão do Mar, e tantos outros que contribuíram para a construção da nossa Data Magna. Graças ao eterno 25 de Março de 1884, muitos Estados podem até ser conhecidos como a Terra do Sol, mas apenas o nosso Ceará é a Terra da Luz”, concluiu Camilo Santana, em discurso emocionado.

Em estado de liberdade e igualdade

Em 25 de Março de 1884, o Ceará foi a primeira província brasileira a libertar a população negra escravizada. Uma ação pioneira, realizada quatro anos antes da Lei Áurea, que declarou a Abolição para todo o Brasil em 13 de maio de 1888. O que deu ao Ceará o título de Terra da Luz.

Assim, 25 de março é celebrado hoje como a Data Magna do Ceará, instituída como feriado estadual no dia 6 de dezembro de 2011. Um marco histórico que também rememora o protagonismo de mulheres e homens que lutaram pela liberdade e igualdade do seu povo.

Outro símbolo dessa conquista coletiva, a Medalha da Abolição, instituída em 1963, é concedida em reconhecimento ao trabalho relevante de cidadãos e cidadãs para o Ceará ou para o Brasil.

Desta vez, a Medalha da Abolição foi concedida em reconhecimento às trajetórias e contribuições de: Maria do Perpétuo Socorro França Pinto, ex-procuradora-geral de Justiça do Ceará e titular da Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos; Espedito Seleiro (Espedito Veloso de Carvalho), artesão e Mestre da Cultura do Ceará; Maria Nailde Pinheiro Nogueira, desembargadora e presidente do Tribunal de Justiça do Ceará; Tom Cavalcante (Antônio José Rodrigues Cavalcante), humorista, ator, apresentador, radialista e dublador; Capacete Elmo, inovação cearense utilizada no tratamento de pacientes com covid-19; Preto Zezé (Francisco José Pereira de Lima), presidente da Central Única das Favelas, empreendedor, produtor cultural e musical; Amandinha (Amanda Lyssa de Oliveira Crisóstomo), jogadora de futsal, tricampeã mundial com a Seleção Brasileira de Futebol e eleita oito vezes a melhor do mundo na modalidade; Cid Ferreira Gomes, senador da República, governador do Ceará por oito anos e ministro da Educação no governo Dilma Rousseff; José Ricardo Montenegro Cavalcante, industrial cearense há 34 anos e presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec).

Com informações da assessoria do Governo do Estado.