Apesar de ter colocado seu nome às eleições majoritárias deste ano, Zezinho não rompeu com o grupo governista. Foto: Divulgação.

O deputado estadual Zezinho Albuquerque, atualmente um dos quadros do Partido Democrático Trabalhista (PDT), anuncia, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa, desta quarta-feira (16), sua desfiliação da sigla pedetista e ingresso no Progressistas (PP).

Nas últimas semanas, o parlamentar tem articulado com seus correligionários a ida para a nova legenda, com o intuito de se viabilizar como mais um nome à disputa pelo Governo do Estado.

Apesar da confirmação da desfiliação do PDT ser feita nesta quarta-feira, a filiação ao Progressistas só acontecerá na próxima semana, conforme ele adiantou ao Blog do Edison Silva.

O PP do Ceará é dirigido pelo seu filho, o deputado federal AJ Albuquerque, que apesar de estar alinhado com a gestão do governador Camilo Santana (PT) é aliado do Governo Jair Bolsonaro (PL) em Brasília. Zezinho, inclusive, já há algum tempo tem mantido diálogo com a agremiação e até influenciado em determinadas decisões.

Há duas semanas, por exemplo, deputados do Progressistas, dentre os quais Fernando Hugo e Leonardo Pinheiro, destacaram a trajetória política de Zezinho Albuquerque no Ceará e defenderam sua ida para a legenda, bem como sua pretensão de se apresentar como mais um nome ao Governo do Estado.

Apesar de ser um dos principais aliados dos líderes da base governista Ciro e Cid Gomes, o parlamentar não entrou na lista dos quatro pré-candidatos do PDT, segundo pedetistas, pelo fato de todos já saberem que ele trocaria de partido, aproveitando a Janela Partidária.

As lideranças pedetistas escolheram a vice-governadora Izolda Cela, o deputado federal Mauro Filho, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; e o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, como pretensos candidatos do partido para a disputa de outubro próximo.

Zezinho já havia sido preterido em 2014, quando, apesar de ter figurado entre os nomes para as eleições daquele ano, o nome escolhido foi o do petista Camilo Santana, eleito na ocasião e reeleito em 2018. Naquela oportunidade, ele recusou-se a participar da chapa majoritária como candidato a vice-governador ou como candidato ao Senado.

No entanto, o deputado Zezinho foi por três vezes escolhido presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, e no segundo mandato de Camilo Santana, exerceu a função de secretário das Cidades, até dezembro passado, quando foi exonerado para disputar o pleito eleitoral deste ano. Apesar de ter colocado seu nome às eleições majoritárias deste ano, Zezinho não rompeu com o grupo governista.