Delegado Cavalcante faz parte da oposição ao governo Camilo Santana (PT). Foto: ALECE.

O deputado Delegado Cavalcante (PL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para demonstrar sua insatisfação quanto à atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Associações de Militares do Ceará, instalada na Casa, que retornou seus trabalhos na terça-feira (15). O discurso do parlamentar foi proferido na sessão desta quarta-feira (16).

O parlamentar admite a existência de cunho político na Comissão para, de acordo com ele, respingar negativamente na imagem do deputado federal Capitão Wagner (União), um dos pré-candidatos ao Governo do Ceará.

A abertura de uma CPI contra as Associações de Militares, segundo o liberal, mexe com a autoestima da corporação, pois a instituição dá apoio jurídico e de saúde aos membros da segurança pública estadual, principalmente pela “falta de atenção” do Governo estadual com os policiais, onde arriscam suas vidas em prol de seu ofício, num Estado que “é comandado pelas facções criminosas”.

Para o oposicionista, as greves dos policiais ocorridas nos anos de 2012 e 2020, foram legítimas, e criticou a transferência dos atendimentos no Hospital da Polícia Militar para o Instituto de Saúde dos Servidores do Estado do Ceará (ISSEC).

“É uma CPI política. Atacam o deputado Capitão Wagner, da oposição. Criam narrativas para poder prejudicá-lo” – Delegado Cavalcante

O deputado bolsonarista condenou a não abertura da CPI da Enel, empresa fornecedora de energia elétrica aos cearenses, e, conforme ele, foi esquecida, mesmo tendo assinaturas suficientes para ser instalada, e que pretendia esclarecer os problemas nos serviços prestados pela companhia italiana.

Cavalcante lembrou de outra proposta de CPI não instalada, a das Facções Criminosas e criticou a Casa de “não fazer nada” para detê-las. “Vamos fazer aqui, nesta Casa, coisas de futuro, o que o povo clama e está necessitando“, sugeriu.

Veja trecho da fala do deputado Francisco Cavalcante: