Bolsonaro ao lado dos bolsonaristas André Fernandes, Carmelo Neto, Nelho Bezerra e Domingos Neto. Foto: Reprodução/Instagram.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou ao Ceará, na tarde desta quarta-feira (23), quando participou da cerimônia de lançamento da Força-Tarefa das Águas e anúncio das novas obras de abastecimento no município de Quixadá.

Em seu discurso, o chefe do Poder Executivo voltou a criticar as medidas adotadas pelos governadores durante a pandemia e atacou as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT), a quem ele atribuiu desvios e “roubalheiras” na Petrobrás e BNDES.

O evento desta tarde foi marcado pela presença de parlamentares bolsonaristas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro no Ceará, dentre os quais o pré-candidato ao Governo do Estado, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil).

Durante seus pronunciamentos, os ministros do Governo Federal enalteceram a importância da região Nordeste para o Brasil. Bolsonaro, no seu discurso, não nominou os políticos presentes, embora Wagner tenha ficado ao lado dele no palanque durante toda a solenidade.

Logo na abertura de seu discurso, Bolsonaro afirmou que não é fácil ser presidente da República, mas disse estar ao lado de Deus e do povo. Segundo ele, cada vez mais tem se visto no Brasil as cores verde e amarelo e “deixando para trás aquela cor vermelha. A cor do comunismo, do atraso e da corrupção”. Bolsonaro disse também que, apesar das denúncias feitas e algumas em investigação, não há indícios de corrupção nos Ministérios do Governo Federal.

O presidente disse lamentar a pandemia nos anos de 2020 e 2021, e chamou de “política desastrosa de muitos governadores”, as ações dos chefes dos Executivos estaduais para controle do coronavírus em seus estados. “Através do ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’, trouxe muito prejuízo e perda para muitas pessoas”, disse ele. Em seguida, os presentes entoaram gritos de “fora, Camilo”.

Bolsonaro demonstrou orgulho de ter sido um dos poucos chefes de Estado do mundo a adotar uma conduta diferente daqueles que defenderam que a população ficasse em casa. Ele citou, ainda, algumas das ações do Governo Federal para tentar minorar os prejuízos causados pela pandemia, como o auxílio emergencial e isenção para devedores do Fies – Fundo de Financiamento Estudantil.

“Roubalheira”

Ainda em seu discurso, Bolsonaro afirmou que os governos do Partido dos Trabalhadores, de 2003 a 2015, foram responsáveis por desvios na Petrobras e BNDES da ordem de R$ 1,4 trilhão, o que segundo ele, daria para concluir 100 obras da Transposição do Rio São Francisco. Neste momento, o público presente gritou, ao mesmo tempo, palavras de ordem chamando o ex-presidente Lula de “ladrão”.

“Citando apenas a Petrobras e o BNDES, o endividamento deste banco e desta empresa, ao longo de 14 anos que estiveram à frente o PT, por desvios, por roubalheira, empréstimos a países que não pagaram, representa R$ 1,4 trilhão. Isso dá para fazer 100 Transposição do Rio São Francisco”, apontou Bolsonaro.

Veja trecho do discurso do presidente da República:

Nordeste

Antes de Quixadá, Bolsonaro esteve em Pernambuco, demonstrando interesse em se aproximar do eleitorado nordestino. Em pronunciamento, Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, disse que foi preciso um capitão do Exército assumir o Governo para “trazer dignidade” para a região. João Roma, ministério da Cidadania, afirmou que “o Nordeste é solução para o Brasil”, enquanto que Gilson Machado, ministro do Turismo, disse que o açude do Cedro será revitalizado.

Além dos ministros de Bolsonaro, acompanharam o presidentes na solenidade: o prefeito de Quixadá, Ricardo Silveira, os deputados cearenses Capitão Wagner, Dra. Silvana (PL), Dr. Jaziel (PL), André Fernandes (PL), Domingos Neto (PSD), Nelho Bezerra (UB), Delegado Cavalcante (PL) e os vereadores de Fortaleza, Carmelo Neto (Republicanos) e Priscila Costa (PSC).