O procurador Deltan Dallagnol. Foto: Agência Brasil.

Por falta se elementos indiciários mínimos, o ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça, mandou arquivar o inquérito que ele próprio instaurou contra os procuradores da extinta operação “lava jato”.

O inquérito foi instaurado em fevereiro de 2021, com o objetivo de verificar se a força-tarefa de Curitiba tentou investigar ilegalmente os ministros da Corte. Com o levantamento do sigilo das mensagens trocadas entre membros da magistratura e do Ministério Público (arquivos da operação spoofing), os meios de comunicação passaram a noticiar a suposta existência de tentativas de investigar e intimidar ministros do STJ.

Em um dos diálogos revelados, o ex-procurador, Deltan Dallagnol, então coordenador da “lava jato”, combinou com um fiscal da Receita Federal a quebra de sigilo de ministros do STJ. Em março do ano passado, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu as investigações.

Na atual decisão, publicada no blog do Fausto Macedo, do jornal Estado de S.Paulo, Humberto Martins afirmou que não ficou configurada a existência de indícios de autoria e de materialidade de condutas delitivas por parte de agentes públicos detentores de foro no Superior Tribunal de Justiça, não obstante todas as medidas adotadas.

Fonte: site Conjur