Além de não ter motorista e carro oficial pagos com o dinheiro público, o senador abriu mão do apartamento funcional, auxílio moradia e aposentadoria especial. Foto: Agência Senado.

O senador Eduardo Girão (Podemos) é apontado como um dos parlamentares mais ricos do Congresso Nacional, já que declarou patrimônio de mais de R$ 36 milhões nas eleições gerais de 2018. Buscando manter a coerência de seu posicionamento político na Casa, o parlamentar tem evitado algumas “mordomias” e “regalias” do cargo, o que segundo ele, resultou em uma economia de R$ 5 milhões aos cofres públicos em quase três anos.

“Antes mesmo de assumir, fiz uma carta a direção geral do Senado Federal renunciando a regalias e mordomias a que parlamentares têm direito até o final do mandato. Decidi legislar visando acabar com esses privilégios com o dinheiro do contribuinte”, escreveu o parlamentar em publicação nas redes sociais.

De acordo com ele, ao longo da atual Legislatura, além de não ter motorista e carro oficial pagos com o dinheiro público, abriu mão do apartamento funcional, auxílio moradia, aposentadoria especial, salário extra para logística (auxílio mudança) e plano de saúde vitalício. “Somando com o corte na cota parlamentar e nas despesas com assessores, em quase três anos já conseguimos economizar cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos”, disse.

“É uma questão de coerência não apenas com o que pensamos e falamos, mas também de respeito aos milhões de brasileiros que vivem com tantas dificuldades e sacrifícios. Com cada um fazendo a sua parte, podemos rapidamente mudar esse país tornando-o muito mais justo e desenvolvido” – (Eduardo Girão)

Girão está em seu primeiro mandato de senador, e teve maior reconhecimento nacional durante sua participação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. O parlamentar foi, muitas das vezes, criticado pela opinião pública devido seu posicionamento e foi visto por alguns analistas como aliado do Governo Bolsonaro. Ele, porém, afirma que atua de forma independente.

Mais recentemente, Girão tem sido um dos defensores da pré-candidatura à Presidência da República do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro (Podemos). O senador também é um entusiasta da Operação Lava-Jata, que teve Moro como seu principal personagem no combate à corrupção e que hoje é criticada por especialistas e juristas.