Gestores de Fortaleza fazem parte do comitê criado para atender às demandas dos feirantes e buscar solução para impasse com a Prefeitura. Foto: CMFor

Uma comitiva de secretários da Prefeitura de Fortaleza esteve presente, na manhã desta quinta-feira (02), na Câmara Municipal, para apresentar ações do Poder Executivo para o ordenamento da Feira da José Avelino que funciona nas madrugadas no Centro da cidade. Há duas semanas, durante o confronto entre ambulantes e a Guarda, um feirante morreu após ser atingido por um disparo. Prefeitura e Secretária de Segurança Pública ainda investigam o caso.

De acordo com a presidente da Comissão dos Direitos Humanos, a vereadora Larissa Gaspar (PT), a discussão girou em torno de pautas de interesse dos feirantes, como a garantia de trabalho e geração de emprego e renda pensadas para os trabalhadores do local. Sobre o uso de arma letal nesse tipo de confronto, foi informado que os guardas não estavam, institucionalmente, autorizados a usar esse tipo de equipamento.

Também foi questionado sobre a destinação das mercadorias apreendidas, o que também foi esclarecido. Os vereadores presentes à reunião questionaram sobre o procedimento de cadastro, que segundo informaram, está sendo realizado de forma dificultosa para os trabalhadores. Os gestores municipais se comprometeram a buscar mecanismos de mudança no formato de cadastro.

“A gente espera que se encontre uma alternativa que seja menos penosa, menos dificultosa para os trabalhadores”, defendeu Larissa Gaspar. Em seu pronunciamento, o vereador Sargento Reginauro (PROS) também se debruçou sobre o tema. De acordo com ele, é preciso padronizar e apresentar critérios e garantias para que pais e mães de família continuem levando sustento de seus filhos para casa.

“Se o prefeito Sarto tiver boa vontade, sai desse conflito, grande”, afirmou o vereador. De acordo com ele, há um problema social e econômico que precisa ser resolvido diante da legislação que está posta. “O que podemos fazer enquanto Município? É possível discutir a questão porque a legislação não pode ser inflexível diante do momento em que o Pais está vivendo. Não podemos dizer para essas pessoas que não dá para elas trabalharem”, argumentou.