Sérgio Aguiar lembrou das 3.000 horas, no ano, em que o sol incide sobre o Ceará, sendo uma possível saída a atual crise. Foto: ALECE.

Foi motivo de discussão na Assembleia Legislativa do Ceará a crise energética vivida no Brasil.

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) destacou a importância de se investir em energias limpas, como a eólica (advinda da força dos ventos) e solar – fotovoltaica, como opções alternativas.

Aguiar trouxe a informação do recorde da produção das termelétricas, em julho. Diferente da situação vivida pelas hidrelétricas que, motivado pela falta de chuvas, teve a menor produtividade desde o ano de 2002.

O pedetista lembrou da utilização da matriz termelétrica, aqui no Ceará, no próximo mês de outubro, informação anunciada pelo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que possibilitará um aumento na tarifa paga pelos cearenses.

Embora se tendo a limitação com a produção elétrica nas usinas hidroelétricas, em virtude da escassez de chuvas, não será com o encarecimento no preço que teremos a resposta da crise. A solução será pela utilização de matrizes alternativas, como a eólica [pela força dos ventos] e solar – (Sérgio Aguiar)

Ademais, o parlamentar demonstrou apreensão e criticou a condução da crise pelo Ministério de Minas e Energia (MME), rechaçando o aumento no custo da gasolina e derivados.

“O gás que abastece a cozinha da dona de casa foi um dos produtos com maior aumento. O preço da gasolina todo dia cresce o preço e bate na porta de quem usa e trabalha com transporte modal rodoviário”, exclamou.

Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) rememorou os avanços energéticos no Ceará, sendo um dos estados que mais produzem no setor eólico, além de exportar pás eólicas, contribuindo na fomentação desta energia no Brasil. Segundo o comunista, há uma política “séria” neste quesito em terras cearenses.

Ele também pôs em xeque a atuação do MME por não conseguir evitar uma nova escassez. “Não dava para ter prevenido? O preço está aumentando pela política”, pontuou. O comunista cobrou um debate na Casa sobre novos caminhos energéticos, como a matriz solar.

Por fim, Danniel Oliveira (MDB) sugeriu a criação de projetos que deem incentivos fiscais à produtores de energia limpa no Ceará.