Luís Carlos Paes acredita na possibilidade de apoio do PCdoB a uma eventual candidatura do PT à Presidência da República. Foto: Miguel Martins.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) no Ceará está realizando uma série de plenárias com vistas ao pleito do próximo ano. De acordo com o presidente da legenda, Luís Carlos Paes, o grêmio aguarda votação de propostas que estão sendo apreciadas no Congresso Nacional, facilitando candidaturas de pequenas agremiações.

“Estamos nos preparando para a pior das hipóteses”, que é, segundo ele, a construção de chapas isoladas, sem coligação proporcional.

O PCdoB está aguardando a conclusão da votação de propostas no Congresso Nacional que devem afetar as negociações políticas caso sejam aprovadas. No entanto, ele destacou que a legenda não parou suas atividades, inclusive, realizando plenárias preparatórias para o seu congresso nacional que acontece no início de outubro.

“Estamos nos reunindo com lideranças de Fortaleza, da Região Metropolitana e todas as regiões do Estado. Nossa meta é realizarmos 80 conferências municipais com 2.500 militantes e filiados”, disse. Os encontros acontecerão de forma virtual, até a véspera da conferência estadual, abordando os problemas do Brasil, eleições 2022, estruturação do partido e renovação política.

Segundo informou, a legenda está trabalhando na construção de chapas próprias para deputado federal e estadual. No entanto, caso a proposta de federação ou coligações proporcionais for aprovada, mudanças no projeto partidário devem ser feitas. “Mas estamos nos preparando para a pior hipótese, onde cada partido precisa ter o desafio de construir chapas próprias para deputado federal e estadual”, afirmou.

Para Luís Carlos, o maior desafio do PCdoB e das chamadas forças democráticas do Brasil, é remover o presidente Jair Bolsonaro da Presidência da República. “Seja através do impeachment, neste ano, seja, na pior das hipóteses, nas eleições de 2022, porque quanto mais tempo, mais desastre, desemprego, fome e toda sorte de dificuldade. Haja vista o que aconteceu na pandemia. Ele sabotou todas as iniciativas de governadores, dos prefeitos, sabotou as vacinas enquanto pôde”.

De acordo com ele, diante do quadro político-eleitoral que está se formando para 2022, há possibilidade de o PCdoB estar alinhado com o PT em uma eventual candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República. “O PCdoB apoiar o Lula é uma possibilidade. O que queremos, no entanto, é construir uma frente ampla onde caiba a maioria da população brasileira. Quem vai ser o candidato, isso é uma questão que vai ser discutida nos próximos meses. Mas sem dúvidas, o Lula é um dos nomes mais fortes que vai se credenciando”.

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