Críticas de Bolsonaro a governadores foi feita durante visita ao município de Juazeiro do Norte. Foto: Reprodução/Facebook.

Após ter sido chamado, mesmo sem a citação do seu nome, de “criminoso” pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na cidade de Juazeiro do Norte, o governador do Ceará, Camilo Santana, foi às redes sociais e rebateu as críticas do chefe do Executivo nacional aos governadores sobre medidas que eles adotaram no auge da pandemia do coronavírus.

“Criminoso, sr presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias”, escreveu o petista.

O posicionamento de Camilo se deu logo após a solenidade de entrega de unidades habitacionais, no município de Juazeiro do Norte, quando Bolsonaro criticou as medidas de isolamento social decretadas pelos governadores estaduais. Ele não citou o nome do chefe do Executivo Estadual, mais foi direto em seu pronunciamento.

“”Essas medidas por alguns governadores, entre eles o desse Estado, foram, além de impensadas, foram muito mal recebidas pela população. Mandar ficar em casa, sem prover ganho para sua subsistência, é mais que maldade, é ato criminoso. A pandemia desequilibrou a economia e tentamos atender aos mais necessitados. Aquela política do ‘fica em casa’, a conta está chegando. Mas já estamos buscando maneiras de suavizar o impacto danoso da inflação”, disse Jair Bolsonaro.

Durante as falas do presidente, apoiadores que acompanharam a solenidade de entrega das moradias chegaram a gritar em coro: “Camilo ladrão”.

Em resposta ao que foi dito por Bolsonaro, Camilo Santana lembrou as vítimas que morreram em decorrência da Covid-19. “Criminoso, sr presidente, é ignorar a perda de mais de meio milhão de vidas na pandemia e ainda debochar da dor das famílias. Tivéssemos um Gov Federal mais preocupado com a vida, milhares teriam sido salvas. Seus ataques jamais irão tirar de mim a força para continuar lutando”, afirmou.

Camilo não se manifestou sobre a denúncia de Bolsonaro de que o preço do gás de cozinha está muito elevado por conta da cobrança do imposto estadual, ICMS. Bolsonaro provocou os governadores afirmando que mandou sustar a cobrança de impostos federais sobre o gás e que os governadores deveriam fazer o mesmo para ajudar a população.