Os voluntários terão acompanhamento de até um ano e serão sujeitos a análises e avaliações durante todo esse período. Foto: Blog do Edison Silva

A Fundação Oswaldo Cruz reunirá cerca de 3 mil voluntários, profissionais da área da saúde do Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, para testar a eficácia do imunizante da vacina contra tuberculose também para a COVID-19.

Os testes começaram a serem feitos em outubro com a parceria do Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch da Austrália. De acordo com Margareth Dalcolmo, uma das coordenadoras de pesquisa, as pessoas que se submeterem aos testes terão acompanhamento de até um ano.

”Todos os voluntários passarão por exames para verificar se há ou não a presença do vírus [SARS-CoV-2] no organismo. As pessoas aprovadas para o estudo receberão a cepa da BCG dinamarquesa. Vamos acompanhar essas pessoas por até um ano, período em que serão feitas análises interinas de proteção, ou seja, avaliações intermediárias recomendadas em estudos de longa duração” afirma a coordenadora.

Conforme outro pesquisador do programa, Julio Croda, esta é a fase 3 de estudos clínicos, na etapa de desenvolvimento de uma vacina, em que humanos são testados. Ele conta que os estudos de australianos comprovam que a vacina BCG [contra tuberculose] apresenta a imunização contra infecções respiratórias virais mas que não se pode afirmar a eficiência dela como imunizante do novo coronavírus.