Centro Administrativo do município do Eusébio. Foto: MPCE.

O Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), órgão do Ministério Público do Estado do Ceará, com o apoio do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil, realizou nesta quarta-feira (19) a “Operação Banquete” na Prefeitura Municipal de Eusébio, cujo prefeito é Acilon Gonçalves (PL).

Recentemente, quem foi alvo de escândalo político foi o filho do prefeito, o deputado Bruno Gonçalves (PL), depois de vazamento de uma gravação onde ele negociava o apoio do suplente de vereador Maninho Palhano, hoje filiado ao PROS. Por conta disso, o parlamentar foi denunciado por quebra de decoro ao Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Ceará.

O objetivo da “Operação Banquete” foi desarticular “um grupo criminoso que fraudava licitações e dispensas na Prefeitura de Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza”.

Foram cumpridos sete mandados de prisão, 17 de busca e apreensão e dois mandados de afastamento da função pública. Os alvos eram agentes públicos e empresários. Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, computadores e dinheiro. A quantia, calculada em R$ 46 mil, foi encontrada na casa de um empresário. Não foram divulgados nomes.

As investigações começaram há dez meses e apontaram que empresários do ramo de alimentação e serviços gráficos teriam se associado para fraudar licitações e dispensas, em vários órgãos da prefeitura.

O grupo criminoso teria se valido de pessoas de baixa renda para figurarem como sócias meramente formais das empresas, garantindo e ocultando o desvio de recursos públicos para os verdadeiros donos. Os investigados teriam contado ainda com auxílio criminoso de servidores e dirigente de órgão público. De acordo com o GECOC do Ministério Público, o grupo faturou mais de R$ 7,6 milhões através da combinação de propostas entre licitantes, inclusive com a constituição de empresas em nome de “laranjas”.

GECOC

Criado por meio do Provimento nº 093/2018, o GECOC tem caráter permanente e finalidade de prestar auxílio aos órgãos de execução do Ministério Público incumbidos da prevenção e repressão aos ilícitos penais e civis praticados em detrimento do patrimônio público ou que atentem contra a probidade administrativa, atribuídos a agentes vinculados à Administração Pública direta ou indireta, estadual ou municipal, ou a entidades privadas que sejam destinatárias de recursos públicos.

Com informações do site MPCE.