Nizo Costa demonstra preocupação com a visão das crianças. Foto: ALCE

Iniciou tramitação na sessão desta quinta-feira (13) na Assembleia Legislativa, projeto de Lei do deputado Nizo Costa (PSB) que institui a Semana de Conscientização e Prevenção sobre os males causados pelo uso intenso de celulares, tablets e computadores por bebês e crianças.

O parlamentar defende a realização de palestras e reuniões elucidativas e preventivas para a população na rede pública de ensino e saúde; propaganda em emissoras de rádio e TV; e distribuição de informativos.

De acordo com Nizo, levantamento feito pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 20% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de visão, salientando que as crianças são mais suscetíveis ao excesso do uso de telas, como celular, tablet e computador, por estarem em fase de formação.

Segundo ele, a principal fase em que o olho se desenvolve vai do nascimento até os três anos. Após os três anos o processo é mais lento e o comprimento do olho passa a ter equivalência ao tamanho do olho de um adulto. A justificativa diz ainda  que as telas exercem uma influência direta na visão, pois ocorre modificação da lente, muda a córnea, que é a parte externa do olho, e a interna que é o cristalino.

“Os celulares, tablets e computadores emitem uma taxa de luz azul que dificulta a produção de melatonina – hormônio responsável pelo sono, inclusive. Essa luz quando absorvida durante o dia faz com que nos mantenhamos mais dinâmicos e atentos, mas quando absorvida no período noturno pode induzir a produção da melatonina e inibir o sono”, diz Nizo Costa.

O parlamentar ressaltou, ainda que alguns dos principais problemas causados nos olhos das pessoas que exageram no uso de telas, como pontos secos, ardência, lacrimejamento, vermelhidão e miopia.

“É bastante importante a realização de campanhas de prevenção que incentivem as crianças a realizarem atividades em ambientes externos diariamente; não aproximar demais os olhos dos celulares, tablets e computadores; a cada 1 hora tirar o olhar das telas e focalizar objetos distantes; que o uso desses equipamentos, por crianças de 2 a 5 anos, não ultrapasse uma hora por dia”. (Nizo Costa)