Ex-vereador Helder Couto é um dos líderes do blocão. Foto: Reprodução de foto do Youtube.

Diversos ex-vereadores e suplentes, sob o comando do ex-vereador Helder Couto, estudam a constituição de um bloco político com vista às eleições do próximo ano em Fortaleza. O grupo ainda não definiu para qual partido devem migrar todos, mas apostam na união dos votos para eleger o maior número possível de representantes.

Como a eleição do próximo ano será a primeira sem coligação para a disputa proporcional (vereadores), muitos partidos estão adotando estratégias para eleger seus membros filiados. O PDT do prefeito Roberto Cláudio, por exemplo, está atraindo para a legenda nomes com expressiva densidade eleitoral em Fortaleza. O partido quer, principalmente, aqueles com potencial para mais de oito mil votos.

Já aqueles suplentes e ex-vereadores que não obtiveram sucesso no pleito de 2016 tentam se alinhar na esperança de retorno à Casa. Além de Helder Couto, fazem parte do bloco os ex-vereadores Marco Aurélio, Alípio Rodrigues, Eulógio Neto, Heitor Holanda, Carlinhos Sidou, Eudes Bringel, Sônia Guerra, Fábio Rubens, Josivan Clube, Ana do Aracapé, dentre outros.

O grupo ainda não definiu para qual partido migrar, mas a ideia é que todos estejam juntos na mesma legenda. “Nós somos um grupo de suplentes que está aí para poder fazer um trabalho mais independente”, informou uma das lideranças do bloco, o ex-vereador Helder Couto.

De acordo com ele, apesar da independência partidária, todos os membros do agrupamento vão apoiar a candidatura ligada ao prefeito Roberto Cláudio para a Prefeitura de Fortaleza, em 2020.

Até o momento, o bloco é formado por 42 pessoas, entre suplentes e ex-vereadores. A pretensão deles é eleger de 4 a  5 parlamentares no pleito do próximo ano. “Estamos negociando, conversando com partidos e temos regras claras para aceitar ou não um membro no grupo”, explicou.

Dentre as regras estão não estar em mandato de vereador ou ser secretário da gestão Roberto Cláudio, além de ter recebido nas eleições de 2016 ao menos 5 ou 6 mil votos. O grupo se reúne todas as semanas, e a partir de janeiro do próximo ano, deve iniciar o processo de filiação partidária a uma agremiação com representação na Capital cearense.

Todos os membros devem se deslocar para a mesma legenda. Por enquanto, o diálogo tem sido mais promissor com o Democracia Cristã (DC), que está sob o comando da ex-vereadora Tamara Holanda, filha do ex-vereador e ex-deputado Tomaz Holanda, presidente do PTC.

Licença Maternidade

Há diálogo também com o Solidariedade (SD). No entanto, a possibilidade de o partido indicar o nome do deputado Heitor Férrer para a disputa na Capital pode inviabilizar o desejo do grupo. O Partido Verde (PV) é outro que está conversando com eles. Mas a legenda também tem interesse em lançar candidatura própria à Prefeitura.

Outra regra do grupo é dialogar com partidos que não tenham representantes na Câmara Municipal de Fortaleza na atual Legislatura.

De acordo com Helder Couto, por conta da formação do bloco, alguns membros já estão sofrendo pressão. Segundo ele, a decisão da vereadora Priscila Costa (PRTB) em não tirar licença maternidade de 180 dias seria para não dar espaço para a suplente do partido, Ana do Aracapé. “Isso daí já foi manobra lá da Câmara para evitar que a gente tenha voz. Mas esse PRTB vai morrer, porque o egoísmo deles foi maior”, atacou.