Três deputados federais estão sendo investigados por quebra de decoro parlamentar. Foto:Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se na próxima terça-feira (15) para ouvir duas testemunhas arroladas pelo relator do processo movido pelo PP contra o deputado Boca Aberta (Pros-PR): Maria Jislaine Lins da Silva e Carlos da Silva.

O PP apresentou duas representações (2/19 e 3/19) contra Boca Aberta alegando que ele “adotou procedimento incompatível ao decoro ao adentrar ambiente hospitalar sem autorização, expondo pessoas em rede social.”

As representações fazem referência a uma gravação, feita pelo parlamentar no Hospital São Camilo, em Jataizinho (PR), na qual ele mostra um médico dormindo na sala de descanso dos funcionários.

O PP também afirma que o parlamentar expôs a imagem de uma criança que passava mal nos corredores do hospital. Maria Jislaine e Carlos são pais da criança.

Boca Aberta se defendeu, disse que não foi intimado formalmente pelo conselho e que impetrou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para “corrigir e sanar vícios cometidos contra ele” nos processos.

O Conselho de Ética reúne-se às 14h30, no plenário 15.

André Janones
Na quarta-feira (16), o deputado JHC (PSB-AL) apresentará seu parecer preliminar à representação apresentada pelo Solidariedade contra o deputado André Janones (Avante-MG).

O partido alega que Janones fez uma transmissão pelo Facebook ofendendo os membros do Parlamento e trazendo “dados inverídicos sobre a atuação do Poder Legislativo”.

Glauber Braga
Na mesma reunião, o deputado Flávio Nogueira (PDT-PI) vai apresentar seu parecer preliminar no processo movido pelo PSL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ).

O PSL acusa o parlamentar de quebra de decoro por ter chamado o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de “juiz ladrão” durante audiência da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) realizada em julho. Na ocasião, Moro veio à Câmara prestar esclarecimentos sobre denúncias publicadas pelo site The Intercept Brasil.

Braga já apresentou sua defesa prévia. Segundo ele, as frases ditas contra Moro estão protegidas pela imunidade parlamentar e pela exceção da verdade. “Quem diz a verdade não merece castigo”, declarou.

Agência Câmara