Deputado estadual Marcos Sobreira /Foto: AL

A Assembleia Legislativa do Ceará deverá contar, nos próximos dias, com uma Frente Parlamentar em Defesa da Comunidade Terapêutica. A criação do colegiado foi acertada durante reunião articulada pela Comissão de Seguridade Social e Saúde com o secretário estadual de Saúde, Carlos Roberto Martins, mais conhecido como Dr. Cabeto, na última quarta-feira (3).

Antes da reunião de alguns deputados com o Dr. Cabeto, o deputado Apóstolo Antônio Henrique, no plenário da Assembleia criticou o que ele chamou de indelicadeza do secretário, ao deixá-lo na sala de espera do gabinete da secretaria de Saúde, por mais de uma hora, e terminar não o atendendo em audiência previamente marcada, disse Henrique

A criação da Frente será proposta, nos próximos dias, pela deputada estadual Drª Silvana (PR), presidente da Comissão de Saúde da Casa. Segundo o deputado estadual Marcos Sobreira (PDT), a Frente deverá ser composta por deputados estaduais e representantes da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa).

“Nós temos hoje diversas comunidades terapêuticas no Ceará que acolhem, que atendem aos dependentes químicos. Dependentes que precisam daquele tratamento e que vão àquela comunidade e lá têm o acolhimento de saúde, psicológico. E tem mantimentos, em higiene, tem um ambiente realmente familiar”, explica Marcos Sobreira. Segundo o pedetista, as comunidades terapêuticas são a melhor opção para “tirar os jovens do mundo das drogas” e ressocializá-los.

“O drogadicto muitaas vezes está na rua, a comunidade abraça, atende e ele passa geralmente por um tratamento que dura geralmente

Segundo Sobreira, as comunidades terapêuticas geralmente atendem drogadictos em situação de rua. Lá, eles passam por um tratamento que dura, em média, seis meses. “Eles ficam seis meses internados e, lá, eles têm acompanhamento médico, acompanhamento psicológico, material de higiene, alimentação adequada. Muitas vezes até um acompanhamento religioso para que o drogadicto consiga entender o mal que a droga faz e consiga se ressocializar”, conta o pedetista.

Sobreira diz ainda que, atualmente, os drogadictos internados nas comunidades, que são em sua maioria custeadas com verba pública estadual, estão aprendendo um ofício durante o período de internamento. “Para que quando ele saia da comunidade, após o tratamento, ele tenha oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e se livrar de vez do mundo das drogas”, encerra Marcos Sobreira.