Deputado federal Capitão Wagner defende o envio de agentes para atuar em presídios cearenses. Foto: Arquivo Pessoal do Deputado.

Como este blog noticiou, após completar um mês (na segunda-feira – 04) a chamada  Operação Terra da Luz), começou a retirada gradual da tropa da Força Nacional do território cearense. O anúncio foi feito pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, na manhã da terça-feira (05).

O fato causou desconforto para governo cearense e para integrantes da bancada federal cearense. Um desses parlamentares é o deputado federal Capitão Wagner, que esteve na manhã desta quinta-feira (07), na Assembleia Legislativa do Ceará e falou à reportagem deste Blog.

Wagner se disse surpreso com a decisão ministerial, a qual discorda. E informou que vai buscar reverter a situação. “ Ontem, o ministro Sergio Moro falou sobre o caso do Ceará, e na visão dele a situação está controlada e a gente acredita que há um equívoco da parte dele, até por que a gente não pode dar qualquer brecha para uma reação do crime. A gente sabe que na medida em que o governo relaxar o crime vai aumentar novamente. A gente sabe que esses números de homicídios reduzidos em janeiro tem muito haver com as alianças entre as facções para combater o Estado, então o governo não pode dar qualquer brecha para que o crime volte novamente. Sou contra esse posicionamento do governo federal  de não enviar esses 90 agentes penitenciários e não manter aqui as tropas da Força Nacional, e vou brigar para que a tropa permaneça e que esses agentes penitenciários possam vir e que a gente possa controlar, definitivamente, a situação penitenciária. Na hora que os presídios estiverem controlados fica mais fácil controlar as ruas”, disse.

Pacote Anticrime

Capitão Wagner também comentou sobre a tramitação no Congresso Nacional do Pacote Anticrime apresentado pelo ministro Sergio Moro. Na sua avaliação, vai ser mais fácil para o governo Bolsonaro apresentá-lo de forma fatiada, colocando primeiro os pontos onde houver mais consenso, já que não tem uma base sólida.

“Eu acho que o governo ainda não consolidou sua base no Congresso Nacional! Tem uma série de dúvidas sobre a relação do governo Bolsonaro com o Congresso e, por conta disso, toda matéria polêmica vai ter dificuldade de ser aprovada. O Exemplo mais prático é a reforma da Previdência que, a preço de hoje, não acredito que tenha a menor possibilidade de ser aprovada por conta dessa não consolidação da base do governo no Congresso. Quanto à Matéria encaminhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, ela tem muitos pontos positivos, e só por isso ela tem chances de ser aprovada, não por conta da articulação, mas sim por ser matéria que contém pontos positivos. Eu Acredito, que o fatiamento seja mais adequado para dar mais celeridade ao que for, na visão do Congresso, ao que for mais importante. Os parlamentares estão lá sedentos para trabalhar, para votar, para discutir assuntos e essa questão da segurança, essa questão do combate ao crime  são assuntos mais recorrentes e eu acho que a gente vai ter condição de aprovar com mais agilidade e rapidez se for fatiado, destacando os pontos que não tem polêmica para que eles sejam aprovados sem discussão prolongada”, concluiu.