Tin Gomes buscou mostrar que tinha apoiadores. Foto: Assembleia Legislativa/Divulgação.

O deputado Tin Gomes (PDT) comunicou a todos os deputados, quando pedia votos para ser presidente da Assembleia, que era ele o candidato do governador Camilo Santana para suceder o deputado Zezinho Albuquerque (PDT), na presidência da Assembleia. Na última quinta-feira (10), quando ficou convencido de não ter a preferência das principais lideranças do PDT, para postular o cargo, ele fez uma lista de apoio ao seu nome e começou a pedir assinatura de colegas, fora do PDT. Alguns assinaram.

A lista não chegou às mãos do governador. Sabedores da movimentação de Tin, integrantes do grupo aliado ao deputado José Sarto, ontem mesmo, incluindo o próprio Sarto, foram ao governador informar sobre o que estava acontecendo, e das possíveis consequências para a base aliada. Camilo apoiou a decisão de antecipar o anúncio do nome de Sarto. Tin Gomes foi informado pelo próprio governador da confirmação da candidatura de Sarto à Presidência da Assembleia.

Ele conversou, hoje, no fim da manhã, rapidamente com o deputado José Sarto, após o encontro que reuniu pouco mais de 20 deputados, no gabinete da Presidência da Assembleia. Foi uma conversa amistosa, embora ele tenha saído da disputa deveras machucado. De fato, ele tinha o apoio da maioria dos deputados que assumirão mandatos em fevereiro próximo, embora na bancada do seu partido esse apoio fosse muito tímido. Tin, também não tinha a simpatia dos seus primos, Ciro e Cid Gomes, os verdadeiros controladores do PDT.

Antes do desfecho do quadro, Tin, confiante no apoio que dizia ter do governador, dizia não aceitar o veto ao seu nome. E se fosse preterido, não continuaria sendo parte do projeto que dá sustentação ao governador. Hoje, porém, nas entrevistas concedidas, ele foi deveras comedido.