Quem tem autoridade para falar sobre candidatura do PDT ao Governo do Estado já falou. Ciro Gomes disse aos citados como pretendentes (Evandro Leitão, Izolda Cela, Mauro Filho e Roberto Cláudio), em encontro reservado com eles, semana passada, como será a escolha do candidato e o diálogo com os representantes dos partidos, ainda hoje integrantes da aliança governista no Ceará. Uma outra personagem com a mesma autoridade de falar sobre escolha do nome pedetista para disputar a sucessão estadual, Cid Gomes, continua recluso e não dá sinais de entrar nesse campo. E muito menos de contestar o irmão Ciro. Tudo que acontece à margem é jogo de enganação para alcançar os incautos.
No último sábado, depois de noticiado um encontro na residência oficial do Governo do Estado, onde estariam a anfitriã, governadora Izolda Cela e seus correligionários do PDT, Evandro Leitão, Mauro Filho, Roberto Cláudio, e o petista ex-governador do Ceará, Camilo Santana, as especulações pulularam, como se da roda de conversações dessas personalidades houvesse condições de sair uma definição para encerrar as discussões no PDT sobre a escolha do seu candidato. Com certeza, o ex-governador não seria convidado para uma roda em que fosse ser selado o destino do PDT na sucessão estadual. Ele é liderança no PT.
A governadora, após uma longa convivência no Governo com Camilo (sete anos), e agora recebendo dele elogios, mesmo com o objetivo de levá-la ao confronto com as lideranças do PDT para ser candidata à sua própria sucessão (ela tem direito de disputar a reeleição, mas só poderá gozar desse direito se tiver a legenda dada pelo partido), deve o ter convidado para o encontro para prestigiá-lo junto ao público externo, notadamente no PT, onde alguns já reclamaram de ele não estar tendo espaço nas negociações com os demais partidos para a manutenção da aliança governista e, inclusive da escolha do nome do PDT. E, óbvio, a reunião não seria para tratar de sucessão, pois além de não estarem credenciados para fazê-lo em nome da direção do partido, Camilo não está com delegação do PDT para tal debate.
Os irmãos Ciro e Cid Gomes podem perder a liderança que exercem na política cearense derrotados nas eleições. Nestas, ou nas próximas, como outros líderes da política antes deles perderam. Mas não cederão a pressões de liderados. Eunício Oliveira é testemunho dessa assertiva desde quando pretendia ser candidato a governador no lugar de Camilo Santana. Ainda nas eleições deste ano, os liderados dos irmãos no PDT não terão força para vergá-los. Aliás, todos eles dependem até da legenda, por isso têm pouco espaço de manobra e praticamente nenhum de pressão.
A partir do próximo dia 20 os partidos já poderão fazer suas convenções partidárias de homologações das candidaturas. Elas poderão acontecer até o dia 5 de agosto. O PDT mandou fazer uma pesquisa e já disporá do seu resultado nas próximas horas, mas provavelmente, embora ela seja a base de escolha do seu candidato, como afirmou Ciro Gomes, em diversas oportunidades, provavelmente o partido demandará mais um certo tempo para apontar o seu filiado escolhido, embora a pesquisa possa até ser publicada logo, para começar a sinalizar com o nome a de fato ser homologado, ganhando tempo para negociações com a agremiação aliada que indicará o candidato a vice-governador.
Veja o comentário de Edison Silva: