Reitoria da UFC em Fortaleza. Foto: Viktor Braga/UFC.

Em plebiscito consultivo realizado pela ADUFC – Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará, entre 4 e 8 de abril, com 977 docentes, 80% dos votantes apoiaram o fortalecimento da greve nas universidades federais cearenses como instrumento de luta da campanha salarial e em defesa da carreira docente, de melhores condições de trabalho e da recomposição do orçamento das universidades.

A greve dos/as docentes federais – professores e professoras da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal do Cariri (UFCA) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), a partir do dia 15 de abril, é uma mobilização nacional no contexto da campanha salarial dos servidores públicos federais diante da proposta do governo de reajuste zero em 2024.

Prevista no regimento da seção sindical, a consulta foi composta por cinco perguntas, todas com as opções Sim, Não e Não Sei. A apuração do resultado ocorreu em reunião pública do Conselho de Representantes da ADUFC. A participação foi aberta a todos/as os/as docentes sindicalizados/as da UFC, UFCA e UNILAB, ativos e aposentados, e ocorreu de forma virtual, pelo sistema Helios.

Instrumento contra opressão

Queremos que o governo se reposicione em relação às universidades federais. É essa a mensagem muito clara que queremos dar. Não é retrocedendo nos serviços públicos e nos direitos dos trabalhadores que o governo se fortalece”, destacou a presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, lembrando que a pressão se estende ao Congresso Nacional.

Secretária-geral da ADUFC, a Profª. Maria Inês Escobar citou o processo de construção política acumulado durante a mobilização nacional dos últimos meses, da qual o Sindicato tem participado ativamente, em defesa do serviço público e da universidade pública. “A greve ainda é, mesmo que ressignificada tantas vezes, o grande instrumento contra as opressões e perda de direitos”, apontou.

A Profª. Irenísia Oliveira também reforçou as razões de o plebiscito ter sido consultivo, e não deliberativo, para garantir a legalidade da greve, já que a entidade detém os dados pessoais apenas de docentes associados, não contemplando os demais professores/as da UFC, UFCA e UNILAB.

As cinco perguntas do plebiscito retratam os principais temas pautados por docentes na Assembleia Geral da ADUFC do dia 20 de março e em outros espaços de debate, conforme lembrou a docente.

Com informações da ADUFC.