Vereador Lúcio Bruno partiu em defesa do Blog do Edison Silva e da liberdade de imprensa. Foto: CMFor
A Câmara Municipal de Fortaleza realizou na segunda-feira (8), uma solenidade em homenagem ao Dia do Jornalista, comemorado no dia 7 de abril. Alguns profissionais de imprensa foram homenageados no ato, dentre eles o jornalista Edison Silva. Durante o evento, a interpelação judicial impetrada pelo Governo do Estado ao o Blog do Edison Silva foi repudiada tanto pelos representantes do Poder Legislativo quanto pelos representantes da imprensa.
O primeiro a se posicionar sobre o caso foi o vereador Lúcio Bruno (PDT), um dos parlamentares a subscrever a solenidade em homenagem aos jornalistas. Ele criticou o que chamou de tentativa de “mordaça” contra a imprensa independente cearense, afirmando que não se pode proibir jornalistas de levarem informação à população.
“Ninguém pode botar mordaça a nenhum jornalista. O que aconteceu com o jornalista Edison Silva, que não se repita. O papel do jornalista é levar informação, e ninguém pode proibir que se leve essa informação de Fortaleza, do Estado do Ceará, do Brasil”, pontuou o pedetista.
Bruno também destacou a importância do jornalista para a sociedade e para a democracia. “O jornalista é uma das profissões mais importantes, que eu vejo, na democracia. São aquelas pessoas que levam informação, conhecimento. O jornalista adentra as casas das pessoas pelos vários meios de comunicação, rádio, televisão, jornal escrito, redes sociais. Então a função do jornalista é muito importante para a sociedade, principalmente, para a democracia.”
Em seguida, o conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o jornalista Salomão de Castro, também lembrou do episódio, e destacou a intensa mobilização da categoria para limitar “o abuso do assédio judicial” aos jornalistas e também “a permanente luta pela democratização dos meios de comunicação”.
Mídia independente
“Faço referência ao caso da interpelação judicial que houve em relação ao Blog do jornalista Edison Silva. Caso como esse deve ser repudiado. E as entidades se manifestaram, repudiaram o que houve em nota conjunta da ACI, o Sindicato dos Jornalistas e da Fenaj”, lembrou.
Ainda de acordo com ele, “sem equilíbrio entre a comunicação privada e a comunicação pública, prevalece o pensamento único. Os temas que interessam à maioria da população ficam em segundo plano, restrito à mídia independente e sites de redes sociais”, destacou Salomão.
