Roseno afirmou que a agressão partiu de um convidado do deputado Alcides Fernandes. Foto: ALCE

O deputado Renato Roseno (PSOL) denunciou, na manhã desta terça-feira (26), no Plenário 13 de Maio, uma agressão verbal que teria sofrido após repercutir o desfecho do caso Marielle Franco. As ofensas teriam sido cometidas por um convidado do deputado Alcides Fernandes (PL), que esteve na Assembleia Legislativa durante a sessão ordinária.

Segundo Roseno, após suas falas ele se dirigiu até os veículos de comunicação da Casa para entrevista, quando recebeu as agressões verbais do homem. O presidente da plenária, o deputado Fernando Santana (PT) se solidarizou com o colega e se comprometeu em levar o caso para a Mesa Diretora.

“Não era servidor da Casa, havia sido convidado a entrar por um parlamentar da Casa. Ele me interrompe fazendo agressões verbais. Há várias testemunhas, os servidores da Casa, o coronel da Casa, o diretor do departamento legislativo”, disse Roseno.

“Quero fazer esse registro por dever. Não é uma provocação que vai me tirar do meu conjunto de convicções. Eu escolhi ser parlamentar sabendo que os temas são difíceis. Eu quero que adotem providências para que situações como essa não ocorra”, pontuou. “Se a gente não cuidar do plenário da Casa, de nossas prerrogativas… Vamos ser agredidos aqui dentro? Porque faz um pronunciamento que alguém não gosta? Eu quero uma resposta ao plenário da Casa, ao Poder Legislativo. Não vai ser uma provocação barata de membros dessa extrema-direita que vai nos tirar das nossas convicções democráticas”, disse.

Fernando Santana afirmou, também, que, além das gravações e imagens do agressor, também solicitou áudio para identificar o homem. Segundo disse, nenhum assessor ou convidado de parlamentar pode entrar na Casa e desrespeitar um deputado por discordâncias ideológicas.

Outro que se solidarizou com Roseno foi o deputado De Assis Diniz (PT). Segundo ele, esse tipo de agressão não pode ser permitida na Casa Legislativa, seja por quem exerce mandato ou por qualquer outra pessoa. “Não temos o direito de gritar, bater na mesa, se arvorar de prerrogativas para além do respeito. Essa direita tem esse método e isso não pode prosperar”.