Reginauro é bombeiro por formação e tem como principal área de atuação a Segurança Pública. Foto: ALCE

O deputado Sargento Reginauro (UB) fez um levantamento sobre os principais pontos negativos da gestão Elmano de Freitas no priemiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo Estadual. Para o parlamentar, Saúde e Segurança Pública seguem sendo os gargalos do Governo, porém a sensação de insegurança e os números da violência atestam essa como a área em que houve mais falha por parte da administração pública nos últimos meses.

O Governo do Estado, porém, prepara uma resposta para minorar os índices de violência no Ceará. Uma das medidas será adotada logo no retorno dos trabalhos da Assembleia Legislativa, quando mensagens tratando do tema devem ser encaminhadas para apreciação dos deputados. Um dos projetos trata sobre a instalação de núcleos de inteligência forense em regiões polo do Estado.

“Se a gente for falar das falhas da gestão do governador Elmano, são muitas. Mas aquilo que mais impacta o povo, tem dois pilares: Saúde e Segurança Pública. É o que mais dói e fere. E a questão da Segurança assusta”, disse Sargento Reginauro.

Em sua avaliação, a população está acoada, visto a guerra entre as facções criminosas existentes e crescentes no Estado. “Ninguém está seguro. Eu já disse que foi assassinado um ex-procurador de um Município ligado ao líder do Governo desta Casa. Da mesma forma que chegou em figura política, pode chegar a qualquer um de nós”, explicou.

Ainda de acordo com ele, a população que está morrendo tem o mesmo direito à segurança do que um parlamentar. “A insegurança está descontrolada e não vemos um projeto de segurança sendo efetivado. Estamos jogando policiais na rua, tentando apagar o incêndio de grandes proporções, cuja responsabilidade não é só deles”, disse.

Segundo Reginauro, é preciso uma união de todos os responsáveis pela vida pública, como Judiciário, Ministério Público, Executivo e até prefeituras, onde há a presença de guardas municipais. “Isso exige busca de força do Governo Federal, já que o Governo é aliado direto e o minsitro disse que ele tinha carta branca. A gente não está vendo isso”.

Ele lembrou que no ano passado foi comemorado a redução de índices de homicídios, destacando que a Segurança Pública não se mede com esse tipo de índice, quando se conhece a dinâmica da criminalidade.

“Muitas vezes se reduz porque houve uma pactuação das facções, e quando se rompe essa pactuação, a curva volta a ser reacendente. É prematuro dizer que os números são melhores. Só serão melhores quando a população sente a sensação de segurança e hoje ela não sente. Até agora, não vimos ação efetiva para combater isso”.