Capitão Wagner acredita que grupo possa estar unido em um eventual segundo turno da campanha. Foto: Divulgação

Nos últimos dias, forças da direita cearense apresentaram nomes para a disputa eleitoral de 2024 em Fortaleza, o que movimentou o tabuleiro político na Capital cearense. Os nomes do deputado federal André Fernandes (PL) e do senador Eduardo Girão (NOVO) foram colocados por suas lideranças partidárias para o pleito. Segundo Capitão Wagner (UB), que também pretende disputar as eleições do próximo ano, o diálogo é importante, mas uma aliança no primeiro turno entre essas lideranças não é fácil.

Wagner tem uma relação próxima com o senador Eduardo Girão desde o pleito de 2018, quando ele foi eleito para a Câmara Federal e seu colega para o Senado da República. Tal proximidade foi reforçada quando do lançamento da pré-candidatura de Girão, onde o parlamentar citou o nome do colega como um aliado.

Já André Fernandes tem se distanciado de Wagner nos últimos pleitos, inclusive, chegando a dizer que eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro acham o secretário de saúde de Maracanaú “traíra”. No pleito de 2022, quando Wagner foi candidato a governador do Estado, ele buscou se distanciar da figura de Bolsonaro, que apesar de ter sido o segundo candidato mais votado em Fortaleza para a Presidência da República, tinha uma alta rejeição.

Para Capitão Wagner, as forças políticas de direita precisa sentar e conversar pessoalmente para avaliar alguns fatores, como estrutura partidária, alianças que cada um já tem, chapas de vereadores, rejeição nas pesquisas e intenções de votos. “São muitos os fatores. Não é fácil acontecer uma aliança no primeiro turno, mas defendo diálogo até o último minuto”, disse o pré-candidato.

Enquanto esse diálogo não vem, os partidos pretendem seguir, a partir do início do próximo ano, realizando encontros e discutindo com outras lideranças partidárias a formação de alianças. Nesse quesito, o União Brasil partiu na frente e já vem dialogando com diversos setores da sociedade fortalezense.

O Partido Liberal, agora sob o comando de Carmelo Neto em nível estadual, pretende iniciar uma série de conversas em municípios estratégicos. Um ponto defendido pelo dirigente é a não realização de alianças locais com o Partido dos Trabalhadores. Já o NOVO, com pequena representatividade no Estado, deve focar na figura de Eduardo Girão, único filiado com mandato eletivo no Ceará.