O deputado Felipe Mota lamentou a situação. Foto: ALCE

O deputado Felipe Mota (UB) afirmou que o Ceará “tomou uma rasteira” na corrida pela produção de hidrogênio verde. Durante seu pronunciamento, na manhã desta terça-feira (21), ele explicou que a presidente da União Europeia, Ursula Von der Leyen, confirmou, na segunda-feira (20), o aporte de 2 bilhões de Euros para financiar o recurso no Brasil, sendo parte desses recursos destinados a um projeto da Green Energy Park, no Estado do Piauí.

“Fomos golpeados pelo Governo Federal, que, em acordo com a União Europeia, colocou à disposição do Piauí dois bilhões de euros para o hidrogênio verde. E o Ceará, que se dizia na vanguarda desse processo, tomou uma rasteira”, lamentou.

Ainda de acordo com Mota, o Ceará tem investido alto em benefícios para indústrias instaladas em seu território, enquanto dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) apontam o decréscimo na Receita Corrente Líquida.

“Está no orçamento o investimento de R$ 3,327 bilhões para manter esses empregos, além de outros benefícios concedidos que chegam a R$ 5 bilhões. Damos demais para manter as empresas em nosso Estado, mas precisamos apreciar esses gastos com muita atenção”.

Mota aconselhou humildade por parte dos deputados na apreciação e elaboração de emendas à Proposta de Lei Orçamentária. Sargento Reginauro (UB) também defendeu que todos devem ter uma postura de cautela.

O deputado Cláudio Pinho (PDT) se disse preocupado com a perda de investimentos em relação ao hidrogênio verde. “Agora fiquei preocupado com essa questão. Até perca de investimento? Pelo que estou entendendo, o presidente Lula dá um traço no Ceará e leva o hidrogênio verde para o Piauí. Me faz lembrar da Refinaria e a luta para instalar a siderúrgica no Complexo do Pecém”.

“O endividamento do Ceará é cada vez maior. Pagamos só de juros e parcelas da dívida mais R$ 2 bilhões por ano, e os últimos empréstimos feitos pelos ex-governadores foram só para rolagem de dívida. Não sei como ainda conseguem propagar um Estado bem do ponto de vista fiscal. O mapa dos municípios mostra que sua grande maioria está em dificuldade fiscal. Temos que discutir muitos pontos e trazer questionamentos importantes, como a redução na cultura e segurança pública”, avaliou.

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