Cláudio Pinho faz parte da ala minoritária do PDT do Ceará que faz oposição ao Governo Elmano de Freitas. Foto: ALCE

A crise interna no Partido Democrático Trabalhista (PDT) do Ceará, aparentemente, está longe do fim. Na manhã de hoje, mais um episódio envolvendo alas antagônicas da legenda marcou boa parte da sessão ordinária na Assembleia Legislativa.

O deputado Cláudio Pinho (PDT), que faz parte da oposição ao Governo Elmano de Freitas, e está alinhado com o presidente do partido André Figueiredo, afirmou não querer confronto com seus pares, que é preciso buscar a unidade, mas não sendo possível, “cada um deve tomar o seu rumo”.

“Não existe nenhum diretório estadual que fique contra o diretório nacional e é isso o que está acontecendo no PDT do Ceará. Uma briga interna que está atingindo o PDT em nível nacional. Nós aqui de baixo não participamos desse acordo. Se alguém quebrou esse acordo está entre eles lá”, disse ele em relação realizada entre o senador Cid Gomes, André Figueiredo e o presidente nacional licenciado Carlos Lupi.

Ele afirmou que a destituição do diretório estadual, que a outra ala pedetista aponta como “perseguição”, atendeu ao que determina o estatuto do partido, visto que a eleição do diretório foi no dia 5 de outubro de 2019. Ainda de acordo com o pedetista, por duas vezes o grupo liderado pelo senador Cid Gomes tentou por duas vezes a discussão sobre o apoio ao Governo Elmano de Freitas, o que foi retirado a pedido de André Figueiredo.

Em resposta ao líder do Governo, Romeu Aldigueri (PDT), que ironizou o tamanho da ala oposicionista do partido, afirmando que eles cabem em um fusca, Pinho disse que isso será melhor do que “ser um boing em que ninguém sabe quem está dentro”.

Partido

Antônio Henrique (PDT) também se posicionou, afirmando que o grupo pedetista majoritário “menospreza” aqueles que atenderam ao que foi determinado no pleito eleitoral de 2022, quando apoiaram a candidatura de Roberto Cláudio. “O PDT que defendemos pe aquele que aceita o que ficou decidido internamente em sua sede. Somos pessoas com capacidade de fazer o partido crescer. Eu posso compor um partido, fazer esse partido crescer, fazendo oposição, se esse for o interesse daqueles que acreditam no partido”.

Queiroz Filho (PDT) lamentou frases ditas em tom de deboche por pedetistas governistas. “Prefiro estar dentro de um fusquinha com amigos, do que estar dentro de ônibus, se acotovelando com outros. Isso é identidade, é princípio”, apontou.

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