O prefeito Sarto durante solenidade na Câmara Municipal ao lado de vereadores. Foto: CMFor

Disposto a disputar a reeleição no pleito do próximo ano, o prefeito Sarto precisa ter ao seu lado o maior número de parlamentares defendendo a sua gestão, seja no Plenário Fausto Arruda, seja nas regiões de alcance de eventuais aliados. A oposição, por outro lado, tem que buscar unidade e destacar pontos falhos da administração para cobrar melhorias e demarcar espaço, também visando a eleição de um nome à Prefeitura de Fortaleza em 2024.

Faltando pouco mais de um ano para a eleição do próximo ano, a oposição, apesar de um número considerável, se encontra dispersa em relação às pautas de interesse comum. Já a base governista, ainda que possua um quadro representativo para garantir a aprovação de propostas do Governo, pouco tem se empenhado em defesa do legado de José Sarto Nogueira na Casa.

Basta acompanhar as sessões ordinárias na Câmara Municipal de Fortaleza para perceber que, apesar de um número que gira em torno de 27 a 29 quadros, poucos são os aliados de Sarto que defendem o Governo na tribuna do Legislativo da Capital cearense. Muitas das vezes, o revezamento em resposta a ataques feitos pela oposição gira em torno do líder Carlos Mesquita (PDT), do vice-líder Didi Mangueira (PDT) e dos vereadores Adail Júnior (PDT) e Lúcio Bruno (PDT).

Adail Júnior e Carlos Mesquita têm um perfil de confronto com os opositores, enquanto que Didi Mangueira atua em buscar respostas para reclames da oposição junto ao Governo Municipal. O perfil de Lúcio Bruno nas últimas sessões, porém, é o de fazer ataques ao Governo do Estado e fazer comparação entre os dois poderes executivos.

A maioria dos demais membros da base governista evita se posicionar na tribuna do Plenário Fausto Arruda, preferindo se manifestar através de votos favoráveis às matérias oriundas da gestão. Há, ainda, dois vereadores que ingressaram no bloco dos “independentes”, mas têm estado alinhados com o Governo. São eles: Márcio Martins (SD) e Inspetor Alberto (PL).

Do lado oposicionista, composto por até 14 vereadores dos mais variados espectros políticos, a dificuldade é encontrar unidade de pautas para trabalhar em conjunto. Fazem parte deste grupo vereadores do PT, PSB, PSOL, Rede, Avantes, Republicanos, PL, União Brasil e até do PDT.

Um bloco de oposição chegou a ser formado, mas a unidade dele ainda não foi sentida em ações na Casa Legislativa. Neste grupo se destacam os vereadores Léo Couto (PSB), Julierme Sena (UB), Adriana Nossa Cara (PSOL) e os pedetistas Júlio Brizzi e Enfermeira Ana Paula, que apesar de filiados ao PDT, são críticos da gestão Sarto. Ana Paula está licenciada e atualmente atua na Câmara Federal.

 

Vereadores da base que fazem defesa da gestão: Adail Júnior, Carlos Mesquita, Didi Mangueira, Lúcio Bruno   Vereadores que se dizem independentes: Márcio Martins, Inspetor Alberto   Vereadores que fazem oposição ao Governo Sarto: Danilo Lopes, Gabriel Aguiar, Adriana Nossa Cara, Adriana Almeida, Dr Vicente, Ronivaldo Maia, Júlio Brizzi, Léo Couto, Eudes Bringel, Estrela Barros, Julierme Sena, Priscila Costa, Ronaldo Martins, Enfermeira Ana Paula